Em tratativas para fechar um
acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, a mulher
do marqueteiro do PT João Santana, Mônica Moura, já prestou depoimento em que
afirma que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega intermediou pagamento de
caixa 2 para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. As informações
são do jornal O Globo. O casal foi preso na 23ª fase da Operação Lava Jato,
batizada de Acarajé. Monica Moura ainda não formalizou o acordo.
A mulher de João Santana
cuidava da parte financeira da Polis Propaganda e Marketing, empresa que fez as
campanhas da presidente Dilma em 2010 e 2014. O casal é acusado de receber de
7,5 milhões da Odebrecht e do operador de propinas Zwi Skornicki por meio de
uma offshore no Panamá, a Shellbill Finance. O Ministério Público Federal já
denunciou a dupla pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
participação em organização criminosa.
De acordo com o jornal, Mônica
afirmou a procuradores federais em Brasília que Mantega se reuniu com ela e
indicou repetidas vezes executivos de empresas que deveriam ser procurados por
ela para fazer pagamentos. Os montantes não foram declarados à Justiça
Eleitoral. Ao Globo, Mantega admite os encontros com Mônica, mas nega que tenha
tratado de contribuições ilegais. Já a mulher de Santana afirma ter registrado
detalhes das conversas em uma agenda que ainda não foi apreendida pela Polícia
Federal.
Ela afirmou também que houve
caixa 2 também na campanha presidencial de 2010 e nas campanhas petistas de
Lula em 2006, Fernando Haddad em 2012, Marta Suplicy em 2008 e Gleisi Hoffmann
em 2008. Ainda segundo ela, Mônica e o marido teriam recebido ao menos 10
milhões de reais fora da contabilidade em 2014 - 4 milhões, somente da
Odebrecht.
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