O Ministério Público Federal
(MPF) lançou uma ferramenta para ajudar
no combate ao caixa 2 nas eleições. O recurso, chamado de módulo "conta
suja", permite fazer um cruzamento de dados dos candidatos com informações
de órgãos como o Banco Central, a Receita Federal e o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) e assim identificar possíveis irregularidades na
arrecadação para as campanhas.
“A ferramenta tem por objetivo
reunir informações e possibilitar que os procuradores e os promotores
eleitorais tenham acesso aos dados para que, cruzando-os possam verificar se a
doação tem uma fonte regular e, principalmente, se também não vai haver a
contaminação do dinheiro da campanha por força de dinheiro de fontes públicas,
por exemplo, recursos públicos, que podem ser eventualmente repassados a
campanhas por força de intermediários”, disse hoje (10) a jornalistas o
vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino.
Segundo Dino, o objetivo é
coibir o abuso de poder econômico e garantir a lisura, a legitimidade do
processo eleitoral e combater as fraudes, para que a vontade do eleitor
"seja realizada no seu grau máximo de plenitude”.
A ferramenta foi lançada ontem
(9) durante a Reunião Preparatória para as Eleições 2016, da qual participam,
em Brasília, membros do MPF que atuam na área eleitoral. O módulo "conta
suja" já será usado nas eleições municipais deste ano.
Questionado se a proibição das
doações de pessoas jurídicas para as campanhas eleitorais pode aumentar o risco
de uso do Caixa 2, o vice-procurador eleitoral respondeu que pode aumentar,
sim. "Por isso, é que precisamos
ter as ferramentas para combater o caixa 2. Para isso, será importante o
cruzamento de dados”, acrescentou.
Além da nova ferramenta o MPF
lançou peças publicitárias para as eleições deste ano. O material é composto
por itens como fôlderes para os cidadãos, adesivos para carros e para roupa e a
cartilha Por dentro das Eleições.
Agência Brasil

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente