
“A perspectiva desse estudo é
um alento diante da maior crise econômica que vivemos no Brasil e com reflexos
severos no RN. Os dados mostram que o estado começa a esboçar uma reação de
crescimento da atividade econômica mesmo com o cenário atual. Não estagnamos e
vamos seguir trabalhando para o crescimento de todas as atividades dentro do
Estado”, destacou o governador Robinson Faria.
Entre os setores que foram
analisados na pesquisa, a agropecuária puxou o crescimento com maior percentual
dos três itens analisados, apresentando 4.4%. Segundo o titular da secretaria
de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Guilherme Saldanha, o
governo tem apoiado o setor em várias vertentes, como melhoria da
infraestrutura e atração de novas empresas agropecuárias. “Também estamos
discutindo a desburocratização do licenciamento ambiental e isso também
facilita novos investimentos e financiamentos, em especial para micro, pequenos
e médios produtores”, acrescentou.
Além dos fatores citados por
Saldanha, o governo segue investindo em legislações adequadas para cadeia do
leite/queijo e a carcinicultura, em pequenos produtores e as atividades de
pecuária, bem como a agricultura irrigada e beneficiamento de produtos
agrícolas, investindo mais de R$ 35 milhões através do programa Governo
Cidadão, por meio do Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial.
Segundo melhor percentual, a
indústria apresentou 0.6%. No RN, o secretário de Desenvolvimento Econômico,
Flávio Azevedo, destacou três ações de incentivo do governo que subsidiam essa
expectativa de crescimento. “Embora todos os estados possuam programas de
incentivo, nosso diferencial é a agilidade no processo de resposta. A concessão
do Proadi, por exemplo, passa por diversas pastas, mas trabalhamos de forma
colaborativa o que gera celeridade na liberação. O RN Gás Mais é o único
programa do tipo no Nordeste, aliviando o gasto das empresas com o custo da
energia. Soma-se a eles, a facilitação do licenciamento ambiental por meio do
Idema, o que dá agilidade na instalação das indústrias e/ou empresas”, disse o
secretário.
O Proadi é considerado o maior
projeto de incentivo fiscal às indústrias que se instalam no estado. A
iniciativa oferece redução no valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS) na parcela recolhida ao Estado. Atualmente, mais de 100
empresas dos mais variados segmentos são beneficiadas e geram aproximadamente
30 mil empregos diretos no RN. Outro incentivo oferecido pelo Governo do Estado
é o RN Gás Mais, que tem como objetivo fomentar a atividade industrial, com
tarifa diferenciada no consumo de gás natural para as empresas que se instalem
no interior do estado ou nos Distritos Industriais, inclusive em Natal.
Especialista em Economia e
chefe da Unidade Estadual do IBGE no RN, José Aldemir Freire reforça que os
números, ainda que caracterizados como uma estimativa, devem ser comemorados.
“Os dados apontam que o estado, mesmo não como um todo, já apresenta índices
positivos, ou seja, caminhamos para uma saída dessa crise”. Ele lembrou, ainda,
que segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
de janeiro a julho deste ano, o setor de serviços registrou aumento de 0.3% em
se comparado a igual período de 2016.
Serviços foi o terceiro item
analisado pelo estudo “Mapa da Recuperação Econômica”. Nele, o Rio Grande do
Norte apresentou a expectativa de crescimento girando em torno dos 0.3%. O
setor engloba as atividades como o Turismo, entre outros serviços. “Os números
corroboram com a política que foi adotada desde o início da gestão de apoiar e
desenvolver o turismo como nunca antes visto na história do RN”, pontuou o
titular da secretaria de Estado do Turismo (Setur), Ruy Pereira Gaspar.
Segundo o gestor da Setur, o
Rio Grande do Norte registrou no mês de agosto o crescimento de 13,5% no volume
de turistas. De janeiro a agosto o percentual foi de 8%, o que injetou na
economia mais de R$ 300 milhões se comparado ao mesmo período do ano passado.
“Em meio aos muitos problemas
que temos enfrentado – na segurança e na economia, com queda de receitas –
surge uma primeira luz no fim do túnel. O índice mostra que estamos em melhor
situação do que a Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas na projeção do
PIB. Estamos empatados com o Ceará e só perdemos para Maranhão e Piauí, que
estão vivendo um grande momento pela expansão da soja. É alentador saber que as
nossas escolhas, de incentivar o turismo, a indústria, a fruticultura e o
camarão, para gerar emprego e combater a crise foram acertadas” finalizou o
governador.
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