A Polícia Federal e o MPF
deflagraram hoje (10/12), a Operação “Mão na Bola” destinada a apurar a
possível prática dos crimes de desvio de finalidade de financiamento, corrupção
ativa e passiva e lavagem de dinheiro, atribuídos a integrantes de grupo
empresarial do ramo de construção civil, membro de Sindicato de Trabalhadores e
agentes públicos do estado do Rio Grande do Norte.
Estão sendo cumpridos quatro
mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 2ª. Vara da Justiça
Federal/RN nas cidades de Natal/RN e Mossoró/RN. Na ação, a PF utiliza 18
policiais federais.
A investigação teve início no
ano de 2014 a partir da notícia do pagamento de propinas a membro de um Sindicato
de Trabalhadores e agentes públicos do RN, por pessoas vinculadas a grupo
empresarial responsável pela obra de construção do estádio Arena das Dunas.
Diligências iniciais
evidenciaram a utilização de empresas, algumas de fachada, para emissão de notas
fiscais superfaturadas ou fictícias, de modo a gerar “caixa dois”, utilizado
para o pagamento de propinas.
A colheita de depoimentos de
colaboradores, associada à análise dos registros bancários e fiscais de
investigados, trouxe novos elementos que corroboraram a notícia da ocorrência
de pagamentos de vantagem indevida a agentes públicos e membro de Sindicato.
Constatou-se que os
investigados receberam expressivos valores em suas contas bancárias, mediante
depósitos fracionados, o que indica a tentativa de driblar os mecanismos de
controle do Conselho de Controle de Atividade Financeira – COAF (atualmente
Unidade de Inteligência Financeira – UIF).
As medidas cumpridas nesta
manhã visam a apreensão de documentos, bens e valores relacionados aos fatos
criminosos.
Sobre o nome da operação, é um
trocadilho com uma expressão utilizada no futebol, pois pode remeter ao
recebimento de propina, já que “bola”, no popular, também possui esse outro
significado.
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