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terça-feira, 10 de maio de 2022

Resistência de petistas a Carlos Eduardo para o Senado abre caminho para Rafael Motta

A pré-candidatura do deputado federal Rafael Motta, lançada pelo PSB nacional, aposta na resistência de alas do PT do Rio Grande do Norte de votar no ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), escolhido para ser o candidato a senador na chapa da governadora Fátima Bezerra. A falta de sintonia entre essas alas e Carlos Eduardo abre caminho para Motta se apresentar como o “candidato dos petistas”.

  

O deputado socialista tem boa relação com petistas e outros partidos de esquerda e ganhou ainda mais força com a aliança do PT/PSB. No lançamento da chapa Lula/Geraldo Alckmin, realizado sábado, 7, em São Paulo, Rafael Motta circulou com desenvoltura e aproveitou bem a ausência de Carlos Eduardo, impedido de fazer presente porque o PDT tem nome próprio à Presidência do Brasil, Ciro Gomes.

 

Rafael Motta fez foto com Lula e postou em suas redes sociais. A imagem sugere que ele tem a simpatia do líder petista, assim como tem de nomes importantes do PT potiguar, como as deputadas Natália Bonavides (federal) e Isolda Dantas (estadual). As duas parlamentares reprovaram de público a presença de membros da família Alves na chapa da governadora Fátima, afirmando que as oligarquias, que representam a velha política, são um retrocesso.

A relação de Carlos Eduardo com setores importantes do PT se tornou difícil porque ele assumirá a vaga na chapa majoritária do senador Jean Paul Prates, que seria candidato natural à reeleição. Prates foi preterido porque a coordenação do projeto de reeleição da governadora entendeu que era preciso “desmobilizar” a oposição e o ex-prefeito de Natal seria um nome forte contra Fátima Bezerra.

 

O argumento não convenceu a maioria petista e as alas mais radicais se posicionaram contra. A Juventude do PT, que tem forte ligação a Jean Paul, publicou nota criticando a aliança com os Alves e defendendo o direito à reeleição do senador petista.

 

Diante da dificuldade de a maioria do PT potiguar abraçar a candidatura de Carlos Eduardo, o PSB entendeu que Rafael Motta poderá receber apoio dos insatisfeitos. Inclusive, o partido aposta na possibilidade, legal, de ter candidatura própria ao Senado e fazer coligação para o governo com o PT, que terá aliança oficial com o PDT na chapa majoritária. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que existe essa possibilidade jurídico-eleitoral. “É pacífico no Tribunal Superior Eleitoral, é possível se fazer coligação majoritária a governador e ser candidato ao Senado à parte”, afirmou.


Eleitor disponível

 

A primeira rodada de pesquisa do mês de maio, divulgada pela Band Natal/Instituto Seta, mostra que há resistência do eleitor em relação às postulações ao Senado de Carlos Eduardo e do ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL). Outros nomes como o vereador de Natal Robério Paulino (Psol) e o ex-deputado federal Ney Lopes de Souza (Brasil 35) sequer conseguem alcançar a casa dos 5 pontos de intenção de votos.

 

Segundo a pesquisa Band/Seta, 46,4% dos entrevistados em todo o Rio Grande do Norte não têm candidato ao Senado. 23,6% responderam que pretendem votar em branco ou anular o voto, enquanto 22,8% disseram que não sabem ou não responderam. Já a soma da intenção de votos de Carlos Eduardo e Rogério chega a 47,9%, sendo 29,7% para o ex-prefeito e 18,2% do ex-ministro. Os outros citados têm desempenhos sofríveis: Robério, 3,8%; Ney Lopes, 1,9%.

 

Pesquisa Band/Seta – Senador

 

- Carlos Eduardo (PDT) – 29,7¨%

 

- Rogério Marinho (PL) – 18,2%

 

- Robério Paulino (Psol) – 3,8%

 

- Ney Lopes (Brasil 35) – 1,9%

 

- Não sabe/não respondeu: 22,8%

 

- Ninguém/branco/nulo: 23,6%

 

 “Seria uma boa pluralidade democrática”, diz Marinho sobre Rafael Motta

 

O ex-prefeito Carlos Eduardo não se posicionou de público sobre a pré-candidatura de Rafael Motta dentro do espaço que ele espera ter apoio e votos para se eleger senador da República. Também ainda não rebateu as críticas feitas por setores do PT em relação à aliança que faz ruir o projeto de reeleição do senador petista Jean Paul Prates.

 

Em todas as ocasiões em que foi provocado falar sobre o assunto, Carlos Eduardo optou por elogiar a governadora Fátima Bezerra, que está bancando a sua candidatura ao senado na chapa governista.

 

Já o ex-ministro Rogério Marinho (PL), que é o pré-candidato da oposição ao Senado, não se mostrou desconfortável com o surgimento da pré-candidatura de Rafael Motta. “É um problema para eles (aliados do Governo), mas para a população, quanto mais opções, melhor. Seria uma boa candidatura pela pluralidade democrática”, afirmou ao ser entrevistado pela Tribuna Livre, em Natal, nesta segunda-feira, 9.

 

Em relação a Carlos Eduardo, Marinho rebateu críticas feitas pelo ex-prefeito sobre a reforma trabalhista, que foi conduzida pelo ex-ministro do governo Bolsonaro. “Faz quatro anos que não trabalha (Carlos Eduardo), desde março de 2018, ele vive de rendas. Uma pessoa que é rica o suficiente para viver de renda tem dificuldade para entender o que é o mundo do trabalho, que é uma carteira assinada, o que são as dificuldades de que tem que acordar todos os dias pela manhã para ganhar o pão de cada dia para sustentar suas famílias", afirmou.

 

Marinho rebateu as críticas feitas por Carlos Eduardo sobre as emendas parlamentares que colocam recursos para obras nos municípios. “Ele atingiu a população do Rio Grande do Norte e os administradores. Alguém que pretender a ser representante do Governo do Estado achar ruim que recursos venham para seu estado e municípios é, no mínimo, leviandade ou muito desconhecimento sobre como funciona a máquina pública”, disparou.


DeFato

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