Os produtos da cesta básica,
como carne, açúcar e café, podem ficar até 6% mais baratos a partir deste mês
no Rio Grande do Norte, segundo a Associação dos Supermercados do Estado
(Assurn). A redução é reflexo do corte dos impostos federais que incidem sobre
os itens - anunciado na última sexta-feira (08) pela presidenta Dilma Rousseff.
O governo federal zerou a alíquota de PIS/Cofins (9,25%) e esperava, com isso,
reduzir os preços na mesma proporção.
Os comerciantes, afirmou
Eugênio Medeiros, empresário e membro da diretoria da Assurn, deixarão de
cobrar os impostos imediatamente, mas a redução prevista pela presidenta -
acima de 9% - dificilmente será alcançada, esclarece. "Outros fatores
interferem no preço", esclarece Melquisedec Moreira, supervisor técnico do
Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos no RN (Dieese).
A Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) fez a sua própria projeção. Segundo Fernando Yamada, presidente da Associação, a
diferença do preço da carne com a desoneração da cesta básica será de 6%. Já o
restante dos produtos deverá ter uma redução média de apenas 3%.
A Secretaria Estadual de
Tributação concorda com a projeção da Assurn e acredita que a redução só
chegará ao consumidor final entre 30 e 40 dias.
Alguns supermercados e hipermercados, no entanto, resolveram se
antecipar e já começaram a remarcar os preços.
As lojas Pão de Açúcar e Extra
do Brasil, que totalizam mais de 600 pontos de venda no país, aplicaram a
desoneração dos impostos nos itens da cesta básica às 00h de ontem. O
supermercado Rede Mais/Alecrim também já começou a aplicar a desoneração.
A medida, que tem como
objetivo reduzir os preços e manter as vendas em alta, contempla produtos como
carnes, arroz, feijão, ovos, leite integral, café, açúcar, farinha, pão, óleo,
manteiga, frutas, legumes, entre outros.
Os estados, segundo José
Aírton, secretário de Tributação do RN, podem acompanhar o governo federal e
reduzir de 17% para 12% o ICMS que também incide sobre os produtos da cesta
básica. Atualmente parte dos produtos já tem a alíquota reduzida no RN. Este é
o caso do arroz, feijão e café.
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