Do MSN

Desde o início, o padrão de
jogo superior do Flamengo ficou bem claro. Sem desfalques, Mano Menezes mandou
todos seus jogadores a campo. Carlos Eduardo voltou ao time, mas desta vez
esteve posicionado no lado esquerdo. Paulinho pela direita. Marcelo Moreno
centralizado.
O ritmo era frenético. Muita
disputa, jogadas agudas e viradas de jogo com frequência. Em uma delas, logo
aos cinco minutos, Carlos Eduardo recebeu a bola de frente para o gol e chutou
forte, assustando o goleiro Diogo Silva, a principal novidade de Doriavl
Júnior.
Bem melhor distribuído em
campo, o Flamengo não teve dificuldades de se impor. A troca de lados entre
Gabriel e Carlos Eduardo parecia confundir a defesa vascaína, que parecia
apenas observar. Por duas vezes, Gabriel, pelo lado esquerdo, entortou dois
marcadores e cruzou forte, mas a bola passou por todos na pequena área.
Ao Vasco cabia a tentativa de
utilizar Éder Luís pela direita do ataque como válvula de escape, em grande
velocidade. Mas o bom posicionamento da defesa rubro-negra invariavelmente
fazia a tentativa vascaína cair por terra. Do outro lado, Diogo Silva tinha
trabalho em segurar o ataque rubro-negro, que quase marcou em uma bomba de
Marcelo Moreno, espalmada pelo goleiro vascaíno.
Aos 29 minutos, o golpe fatal.
Wallace saiu da defesa rubro-negra, tabelou com Gabriel e recebeu de volta. Na
frente da área, ele tocou para Elias, que ficou frente a frente com Diogo
Silva. O chute parou no goleiro, mas, no rebote, o camisa 8 rubro-negro apenas
rolou para o lado esquerdo. Paulinho recebeu sozinho, com o gol vazio, e não
teve perdão. Flamengo 1 a 0 em Brasília.
Na saída de bola, o Vasco
tentou dar um respiro mais uma vez com Éder Luís pelo lado direito, em bela
arrancada. No cruzamento, André tentou desviar, mas mandou pela linha de fundo.
Um dos raros momentos em que o vasco apareceu no jogo. No vaivém alucinante, o
primeiro tempo chegou ao fim deixando claro que seria impossível que ambas as
equipes mantivessem o padrão físico no segundo tempo. E não foi.
Na volta do intervalo, Dorival
Júnior tentou agredir mais o adversário, deixando clara a percepção de que
havia sido inteiramente dominado. De uma vez só, sacou Fellipe Bastos e Alisson
para as entradas de Dakson e Edmílson, deixando o time com três atacantes. Mas
o ritmo do jogo, claramente, diminuiu.
No estilo mais cadenciado, as
equipes passaram a guardar mais a posse de bola e retardar mais as jogadas. Foi
o momento para os chutes de longa distância. Primeiro, Dakson tentou pelo Vasco
aos oito minutos, mas Felipe defendeu em dois tempos, sem sustos. Depois, foi a
vez de Paulinho ajeitar a bola e tirar tinta da trave esquerda de Diogo Silva.
Dorival, então, sentiu que era
momento de apostar mais alto. Optou, então, pela força física de Tenorio na
vaga de André, praticamente sumido no clássico. Do outro lado, Mano Menezes
sacou Gabriel, desgastado pela gripe, para entrada de Val e Carlos Eduardo,
ainda em recuperação física, para a chegada de Nixon no ataque. O jogo se
equilibrou e o Vasco conseguiu chegar mais na base do abafa, com cruzamentos
para a área. Mas ficou mesmo por aí. Mano, em sua estreia em clássicos, já vê
um caminho. Dorival Júnior, em sua reestreia pelo Vasco, tem a certeza de muito
trabalho pela frente.
FICHA TÉCNICA:
VASCO 0 X 1 FLAMENGO
Local: Estádio Mané Garrincha,
em Brasília (DF)
Data: 14 de julho de 2013
Horário: 18h30
Árbitro: Grazianni Maciel
Rocha (RJ)
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