Do blog do Diogenes
O deputado federal Henrique
Eduardo Alves (PMDB) terminou a semana menor do que começou. O equívoco
assumido no uso do avião da FAB e o mistério em torno do roubo de R$ 100 mil em
espécie na maleta de um assessor arranharam a imagem do político operante e
eficiente que o parlamentar vinha construindo desde a eleição para presidente
da Câmara dos Deputados.
Para setores da grande
imprensa e para formadores de opinião de norte a sul do país, Henrique Alves
voltou a fazer jus ao estereótipo do político nordestino que se deslumbra com o
poder.
Na contramão daqueles que
estão nas ruas, o presidente da Câmara encarnou a figura do político que só
pensa em tirar vantagem em tudo que faz ou que encontra pela frente.
Por sorte, Henrique não
amargou sozinho a semana de infortúnios. Renan Calheiros, Joaquim Barbosa e
Garibaldi Filho foram obrigados a prestar esclarecimentos sobre o uso de aviões
da FAB e de passagens aéreas compradas com dinheiro público. Foram escolhidos a
dedo para representar o que há de mais atrasado na elite política brasileira.
Digo isto porque eu estou
convencido que o Planalto está por trás do vexame sofrido por Henrique Eduardo,
Renan Calheiros e os demais. Tanto o presidente do Senado como o da Câmara
trabalharam ardentemente para enterrar a proposta de plebiscito da presidente
Dilma Rousseff.
O vazamento das informações
sobre os voos injustificados das autoridades não foi uma mera coincidência em
meio a uma semana bastante tensa em Brasília. A meu ver, foi providencial.
Os pecados de Henrique e de
Renan foram expostos para desgastá-los na guerra política entre o Planalto e o
Congresso Nacional.
E eles saíram bastante
desgastados após o episódio. Para quem anseia continuar sentado na cadeira de
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves teve uma semana péssima. Uma
semana inesquecível.
Lamentável realmente; estava colocando muito otimismo no nome do Dep para governo.
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