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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Novo salário fará circular R$ 32 milhões a mais no RN

A partir de hoje, salário mínimo terá reajuste de 8,83% no país
Foto: Divulgação
O novo salário mínimo que entra em vigor no Brasil hoje beneficiará, no Rio Grande do Norte, mais de meio milhão de pessoas. O acréscimo de 8,83% concedido pelo Governo Federal e publicado no Diário Oficial da União terça-feira passada (30), aumentou o vencimento mensal de milhares de trabalhadores, aposentados e pensionistas de R$ 724,00 para R$ 788,00. O valor, porém, ainda é abaixo do previsto pelo Congresso Nacional – R$ 790,00 - e 3,70 vezes menor que o mínimo ideal apontado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que deveria ser em torno de R$ 2.923,22 para o trabalhador custear suas despesas básicas.

A diferença de R$ 64,00 entre o salário mínimo de 2014 e o que vigora a partir de hoje será responsável pela injeção de aproximadamente R$ 32 milhões/mensais na economia potiguar. O novo valor do salário mínimo brasileiro é o maior dos últimos 50 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos percentuais, o novo salário proporcionará um ganho real de 2,33% a quem o recebe. Entretanto, não servirá como base para a concessão de aumentos para outras pessoas que recebem valores superiores, visto que a maioria das categorias dos trabalhadores brasileiros trabalha com dissídios coletivos que, nem sempre, ficam acima da média da inflação.

“Quem recebe diz que é pouco e quem paga diz que tem dificuldades. Mas, a política de ganhos salariais ao longo dos últimos 20 anos foi muito positiva para o trabalhador e aposentados que recebem somente um salário”, avaliou o chefe da Unidade do IBGE no Rio Grande do Norte, José Aldemir Freire. Apesar do baixo ganho real registrado este ano, em virtude da alta inflação de 2014 e do pífio resultado do PIB brasileiro nos dois anos anteriores, a recomposição salarial impediu que números como os registrados em 1995, um ano após o lançamento do Plano Real, fossem novamente registrados. Naquela época, o salário mínimo real, o que potencializa a compra, era quase três vezes menor que o do ano passado, por exemplo.

Impacto
O impacto da circulação do novo salário mínimo será sentido, principalmente, na economia das pequenas cidades potiguares cuja movimentação depende quase que exclusivamente das aposentadorias e funcionalismo público. No Rio Grande do Norte, conforme dados do IBGE, aproximadamente 300 mil beneficiados do INSS recebem um salário mínimo. No cenário brasileiro, o valor em vigência proporcionará mudanças econômicas, primordialmente no Nordeste, onde se concentra uma grande parcela de aposentados e empregados que são pagos com o mínimo fixado pelo Governo Federal.

Questionado sobre os motivos pelos quais a Presidência da República não aprovara um percentual de aumento maior, o economista Aldemir Freire esclareceu que as recomposições salariais não podem ser feitas sem que haja uma ampla avaliação do cenário econômico. “Como o PIB do Brasil em 2014 e nos dois anos anteriores não foi satisfatório, o ganho real é menor. Mas, ainda assim, houve um percentual acima da inflação. O crescimento do salário mínimo está diretamente ligado ao resultado do PIB”, frisou. Dados oficiais do Governo Federal deverão ser publicados ainda esta semana quanto ao percentual de crescimento e inflação.


Este ano, a política de recomposição salarial do trabalhador brasileiro criada pelo Governo Federal em 2011 encerra seu prazo de vigência. Para Aldemir Freire, é de suma importância que haja uma republicação do decreto que instituiu a política com a dilação da data de vigência, para que não ocorram perdas. “A política de recomposição e a continuidade dela é relevante para o país. Desde que entrou em vigor, ocorreu aumento da renda média do trabalhador e diminuição da desigualdade. Eu acredito que as regras atuais serão mantidas através da recomposição da legislação”, comentou Freire.

Tribuna do Norte

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