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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Desemprego sobe para 8,9% no terceiro tri, maior taxa da série

O desemprego voltou a subir no país, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. A taxa ficou em 8,9% no terceiro trimestre, acima dos 8,3% registrados no trimestre encerrado em junho. A pesquisa inclui dados para todos os estados brasileiros. O rendimento real ficou em R$ 1.889, 1,2% a menos do que no trimestre encerrado em junho.

Essa é a maior taxa de desemprego para o período desde 2012, o início da série histórica da pesquisa. Em igual trimestre de 2014, a taxa de desemprego foi de 6,8%. E indica uma alta do desemprego em todas as regiões do país. 

Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego já está praticamente em 20%, em 19,7%, e também é a maior da série.

O resultado veio dentro do esperado pelo mercado. Levantamento feito pela agência Bloomberg com 16 analistas apontava estimativa de taxa de desemprego de exatamente 8,9% no terceiro trimestre.

A população desocupada alcançou 8,979 milhões de pessoas no terceiro trimestre. Houve um aumento de 33,9%, ou 2,274 milhões de pessoas em um ano, a maior expansão da série histórica. Na comparação com o trimestre anterior, o aumento foi de 7,5%, ou 625 mil pessoas.

— A taxa de desocupação apresentou alta tanto em relação ao segundo trimestre quanto em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Em um ano, houve um aumento de quase dois milhões de desocupados. E esse aumento está muito relacionado à queda dos empregos com carteira assinada. Quem estava fora volta ao mercado para compor a estabilidade do domicílio — afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Já a população ocupada ficou praticamente estável, segundo o IBGE. O contingente chegou a 92,09 milhões de pessoas, 121 mil pessoas a menos que no trimestre anterior e 179 mil pessoas a menos que um ano antes.

O mercado de trabalho deu mais uma vez sinais de piora na qualidade. O número de trabalhadores com carteira assinada — e que têm os direitos trabalhistas garantidos — caiu 3,4% em um ano, com 1,237 milhão de pessoas a menos. Na comparação com o trimestre anterior, a queda foi de 1,4%, ou quase 500 mil pessoas (494 mil). Já os trabalhadores por conta própria registraram alta: 760 mil em um ano (3,5%) e 166 mil (0,8%) em um trimestre.

A massa de rendimentos do mercado de trabalho ficou em R$ 168,6 bilhões no trimestre encerrado em setembro, o que significa um recuo de 1,2% em relação aos três meses anteriores e estabilidade (-0,1%) frente a um ano antes.

A expansão do desemprego é puxada pelo aumento da força de trabalho, segundo Azeredo. São pessoas que estavam fora do mercado — como jovens, idosos e donas de casa, por exemplo — e que agora voltam a buscar vagas, pressionando o mercado. Isso ocorre diante da perda de estabilidade de outros integrantes da família, ou seja, pessoas que trabalhavam com carteira assinada.

A força de trabalho — que inclui tanto as pessoas trabalhando quanto aquelas que buscam emprego — chegou a 101,069 milhões de pessoas, 2,085 milhões de pessoas a mais em um ano, ou 2,1%. Frente ao segundo trimestre, o aumento foi de 0,5%, ou 503 mil pessoas. Ao mesmo tempo, há expansão dos trabalhadores por conta própria e até dos empregadores, o que pode representar negócios com apenas dois ou três funcionários.

— A população ocupada só não está caindo porque estão aparecendo os trabalhadores por conta própria ou abrindo até um pequeno negócio, que aparecem na pesquisa como empregdores — explicou Azeredo.

Como reflexo dessa volta dos jovens e dos mais velhos ao mercado de trabalho em busca de vagas, aumentou a taxa de desemprego nas faixas etárias entre 18 e 24 anos, 40 a 59 anos e acima de 60 anos. Entre os mais jovens, o desemprego subiu de 18,6% no segundo trimestre para19,7% no terceiro trimestre, quase 20%.

Entre os de 40 e 59 anos, o desemprego subiu de 4,4% para 4,6% na passagem entre o segundo e o terceiro trimestres. Entre aqueles acima de 60 anos, o aumento foi de 2,6% para 2,7%, na mesma base de comparação. No terceiro trimestre de 2014, a taxa era bem menor, de 1,9%.

— Os jovens têm geralmente taxa mais alta, em função de falta de experiência e qualificação. Só que quando a população adulta perde o emprego, e é o arrimo de família, acava levando os jovens também — explicou Cimar.

TAXA NOS ESTADOS
A Bahia foi o estado brasileiro com o maior desemprego no trimestre encerrado em setembro, de 12,8%. Na outra ponta, Santa Catarina registrou a menor taxa, de 4,4%. O Rio de Janeiro, por sua vez, ficou com 8,2%, abaixo da média brasileira de 8,9%, mas acima dos 7,2% do trimestre anterior.

A pesquisa do IBGE apontou aumento do desemprego em todas as regiões brasileiras. No Sul, que tem a menor taxa, o desemprego subiu para 6% no terceiro trimestre, ante 5,5% no segundo trimestre. Já no Nordeste a taxa passou de 10,3% no segundo trimestre para 10,8% no terceiro trimestre.

Quando se olha o desemprenho dos municípios das capitais, o Rio de Janeiro teve a menor taxa de desemprego, de 5,1% no terceiro trimestre, frente a 4,2% no segundo trimestre. É a primeira vez que o IBGE divulga os dados do desemprego pela Pnad Contínua também para estados, regiões metropolitanas e municípios das capitais.

— O nível de ocupação caiu. As pessoas perdem o emprego, e acabam indo para o mercado de trabalho para tomar providência para se ocupar, mas não têm encontrado — afirma o gerente da Coordenação e Emprego do IBGE.

O aumento do desemprego ocorreu na maioria dos estados. Segundo Cimar, "a taxa subiu significativamente em dez estados do país frente ao trimestre anterior e em 22 estados quando se compara com um ano antes".

Na semana passada, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) — que considera apenas seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Salvador — revelou uma taxa de desemprego de 7,9% em outubro. Em outubro de 2014, a taxa tinha sido de 4,7%: foi o maior salto no período de um ano em toda a série histórica, iniciada em 2002.

O Globo

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