O Rio Grande do Norte teve a
segunda maior taxa de desemprego do Brasil no terceiro trimestre de 2015. Os
dados divulgados nesta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) mostram que o estado acumulou índice de desocupação de
12,6% entre julho e setembro. Natal e a região metropolitana também figuraram
entre as cinco maiores taxas de desemprego.
Os números do IBGE são
referentes a pessoas de 14 anos ou mais de idade que estavam procurando
trabalho na semana de referência. A taxa identificada no RN representa um
universo de 198 mil pessoas desempregadas. Apenas a Bahia, com 12,8%, teve
índice de desemprego maior que o Rio Grande do Norte. A taxa registrada no
estado também foi a maior da série histórica iniciada em 2012.
Para o analista Ivanílton
Passos, os problemas relacionados ao mercado de trabalho do estado são antigos.
"A economia é muito dependente da administração pública, não temos grandes
empresas e nossa mão-de-obra é de baixa qualificação. A economia informal, de
conta própria, é a base de sobrevivência de um grande número de pessoas",
explica.
Com taxa de desocupação de
13,7%, a região metropolitana teve 104 mil pessoas desempregadas. O índice foi
o terceiro pior do país, atrás das regiões metropolitanas de Salvador (17%) e
São Luís (14%). Para traçar um comparativo, a região metropolitana de
Florianópolis, com 4,9% de desemprego, registrou a menor taxa do país.
O analista do IBGE destaca que
a construção civil pesou na balança para a Grande Natal. "A desocupação
tem se acentuado principalmente na construção civil, que tem como
característica ser abastecido por mão-de-obra de baixa qualificação. As demissões
do setor dificultam cada vez mais o acesso ao mercado de trabalho. Quem é
penalizado em primeira instância é a classe trabalhadora", acrescenta
Passos.
Por fim, Natal registrou uma
taxa de desemprego de 13,7%, a quarta maior do país. As cidades de Salvador
(16,1%), São Luís (14,7%) e Macapá (13,9%) lideraram o ranking da desocupação.
G1 RN
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