
Os exames que comprovaram a
morte por febre amarela foram realizados pelo Instituto Evandro Chagas, no
Pará, e confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Na manhã desta
terça a SMS informou que vai pedir uma contraprova.
"Não é que estamos
contestando o resultado, sabemos que os dois laboratórios são padrão ouro, mas
precisamos ampliar a investigação deste caso, porque não há vínculo
epidemiológico da febre amarela em Natal", explicou a chefe do Setor de
Vigilância Epidemiológica da SMS, Aline Bezerra.
Segundo ela, a auxiliar de
enfermagem Rita de Cassia da Silva Santos não apresentava sintomas de febre
amarela e a família da vítima informou que ela não viajou para nenhum lugar com
risco de transmissão da doença. "O caso vinha sendo tratado como óbito por
dengue, mas o exame deu negativo para dengue", disse Aline.
A assessoria da SMS informou
que é feito um monitoramento semanal do Aedes aegypti em Natal, através de 500
'armadilhas' espalhadas pela capital para colher ovos do mosquito. Após a
coleta, é feita uma análise desses ovos para saber quais vírus estão circulando
pela cidade. "Em nenhum momento foi identificado o vírus da febre
amarela", informou a SMS.
A Secretaria Estadual de Saúde
Público do Rio Grande do Norte (Sesap) está realizando a investigação do caso
em conjunto com a SMS. De acordo com a Sesap, uma das hipóteses é que o exame
tenha dado positivo, em virtude da paciente ter sido vacinada contra a febre
amarela, mesmo há décadas passadas. Está sendo feita uma pesquisa do histórico
vacinal da paciente nas unidades de saúde.
A subcoordenadora de
Vigilância Ambiental da Sesap, Cintia Higashi, explicou que “este caso é
bastante intrigante por não ter uma relação entre o exame positivo e os achados
iniciais da investigação, ou seja, até o momento não há um vínculo
epidemiológico, por isso continuamos a trabalhar em conjunto para esclarecer o
caso”.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença
febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável. A
forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência
hepática e renal, que podem levar à morte. Deve-se levar em conta seu potencial
de disseminação em áreas urbanas. A doença é transmitida somente pela picada de
mosquitos transmissores infectados.
Não existe um tratamento
específico no combate à febre amarela. O paciente deve permanecer em repouso,
com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando necessário. Os casos grave
devem ser atendidos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de modo que as
complicações sejam controladas e o perigo da morte, eliminado.
G1 RN
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