Um dos cenários mais
conhecidos e belos do interior do Rio Grande do Norte é o açude Gargalheiras,
em Acari. Durante os períodos em que o reservatório está com a capacidade
máxima, o sangradouro se transforma em ponto turístico e também dá a ideia de
como está a vida dos agricultores da região Seridó. Porém, o volume de água
está longe dos 44 milhões de metros cúbicos de capacidade, inviabilizando boa
parte das atividades do local, sinal de que os tempos estão difíceis no meio
rural. Esse é o cenário encontrado atualmente. Para amenizar os efeitos de uma
das piores secas da história, a Assembleia Legislativa não tem medido esforços.
Em 2015, os municípios do Rio
Grande do Norte conviveram com o quarto ano consecutivo de seca. A estiagem
deixou pelo menos 18 cidades em colapso total de água e quase metade dos
municípios enfrentando rodízio de abastecimento. O assunto foi o principal tema
dos debates no plenário do Poder Legislativo do Rio Grande do Norte, que
acompanhou e fiscalizou as ações de combate à crise hídrica, através da Frente
Parlamentar da Água e do Comitê de Ações de Combate à Seca.
“Os 24 deputados estão
engajados na luta contra a seca no Rio Grande do Norte. O assunto foi tema de
debate em audiências públicas, reuniões com o Poder Executivo, e no plenário,
onde todos solicitaram ações urgentes para solucionar a crise hídrica que vivemos.
O nosso trabalho continua até que as obras da adutora de engate rápido, em
Currais Novos, a barragem de Oiticica e ações no Alto Oeste tragam soluções
definitivas, assim como as águas da transposição do São Francisco”, afirmou o
presidente da Casa, Ezequiel Ferreira.
Audiências públicas, reuniões
e discussões de projetos foram constantes durante o ano. O ministro da
Integração Nacional, Gilberto Occhi, esteve no Legislativo potiguar para
discutir as obras da Transposição do Rio São Francisco durante o “RN pela
Transposição”, realizado em parceria com o Senado Federal e contando com a
participação de autoridades e representantes da sociedade civil.
Porém, a Assembleia não se
limitou a discutir a seca com gestores. Em audiência pública no Parque Aristófanes
Fernandes, durante a Festa do Boi, os deputados se reuniram com os principais representantes de entidades
ligadas ao meio ambiente e aos recursos hídricos para discutir, junto com o
setor.
agropecuário, as soluções para
a estiagem prolongada, que atinge diretamente os criadores e agricultores do
Rio Grande do Norte. Na ocasião, a Assembleia apresentou um documento
contemplando uma série de proposições aos Governos Federal e Estadual com
medidas emergenciais de enfrentamento aos efeitos do longo período de estiagem
no RN.
Fora do estado, os deputados
também tiveram participação ativa na discussão sobre a seca. A Frente
Parlamentar da Água, presidida pelo deputado Galeno Torquato, e o Comitê de
Ações de Combate à Seca, presidido por Ezequiel Ferreira, estiveram juntos à
Frente Parlamentar de Combate à Seca da Paraíba, em julho, durante reunião que
marcou a união dos dois parlamentos em prol de soluções aos efeitos da
estiagem. Na ocasião, os deputados do Rio Grande do Norte visitaram as obras do
eixo norte da transposição do Rio São Francisco, que beneficiará os potiguares,
e estreitou as relações com os paraibanos, com quem tiveram reuniões durante o
ano para discutir o uso dos recursos hídricos que são compartilhados pelos
estados.
Em Brasília, o presidente
Ezequiel Ferreira participou de reunião com a bancada federal para tratar,
entre outros assuntos, de projetos de irrigação e sistemas de abastecimento de
água para o Rio Grande do Norte. “A seca é um problema que não pode ser
negligenciado e a Assembleia tem cumprido seu papel. Em 2016, com toda certeza,
o Legislativo permanecerá trabalhando para o benefício do estado”, disse
Ezequiel Ferreira.
O Comitê de Ações de Combate à
Seca interliga as frentes da Água e do
Incentivo ao Setor Produtivo.
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