O dólar avançava cerca de 1% e
se aproximava de R$ 4 nesta segunda-feira (21), após a escolha de Nelson
Barbosa para substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda desagradar
investidores, que temem que a troca represente um passo atrás no compromisso
com a austeridade fiscal.
O Banco Central dará
continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro,
com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
"Mais flexível na
condução das políticas de ajuste fiscal necessárias ao equilíbrio das contas públicas,
o ministro Barbosa, neste momento, representa um retrocesso", escreveu o
operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes.
"As apostas majoritárias recaem sobre o aprofundamento da crise",
acrescentou.
A escolha de Barbosa,
anunciada na sexta-feira, foi entendida como uma clara sinalização de que a
presidente Dilma Rousseff pretende promover mudanças na política econômica.
Barbosa tem um pensamento mais alinhado ao de Dilma, com mais foco na retomada
do crescimento em meio ao agravamento da recessão e da crise política.
Outro motivo para a alta
recente da moeda norte-americana foi a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) de acatar as principais teses do governo sobre o rito do processo de
impeachment.
Operadores vêm reagindo bem à
possibilidade de afastamento da presidente, com alguns avaliando que isso
poderia destravar o ajuste fiscal. Outros salientam, porém, que a incerteza
política tende a atrasar ainda mais a implementação de cortes de gastos e aumentos
de impostos.
"A chance de haver um
impeachment diminuiu e o mercado não gosta disso", disse o operador da
corretora Intercam Glauber Romano.
Pesquisa Datafolha feita com
deputados federais mostra que há mais parlamentares decididos a votar a favor do
impeachment da presidente Dilma Rousseff do que os que anunciam ser contrários
ao afastamento dela, mas nenhum dos dois lados já tem os votos suficientes para
sair vencedor, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta
segunda-feira.
Swaps
O Banco Central dará
continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro,
com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
Na sexta-feira (18), o dólar
fechou em alta, após o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy admitir que
conversava com a presidente Dilma Rousseff sobre saída do comando da pasta –
despedida que foi confirmada depois do final dos negócios no mercado. A alta
também refletiu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de mudar o rito do
impeachment.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente