O ciclo de forte aumento no
preço da energia elétrica verificado este ano pode diminuir em 2016. Com um
cenário hidrológico mais favorável, o valor na conta de luz se refletiria de
forma mais branda para o consumidor final. A avaliação é da presidenta da
Light, empresa distribuidora de energia elétrica no estado do Rio, Ana Marta
Horta Veloso.
“A conta de energia, quem
define é a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]. Tivemos aumento na
conta ao longo de 2015 por causa do custo que a Light teve para comprar energia
e fornecer aos consumidores. Esperamos, no ano que vem, ter uma energia mais em
conta para comprar. E acontecendo isso, certamente a agência reguladora vai
repassar para a tarifa dos consumidores. Tudo indica que o cenário da pior
hidrologia já passou”, disse Ana Marta, recém empossada no cargo.
A empresa apresentou hoje (21)
o Plano Verão 2016, que vai desenvolver ações de prevenção e emergência para
minimizar os efeitos de temporais, comuns nesta época do ano. A Light é
responsável pelo fornecimento de energia a 12 milhões de habitantes, em 31
municípios fluminenses, incluindo a capital.
Outra meta é combater o furto
de energia na rede, os chamados gatos de luz, que só no mercado de baixa tensão
correspondem a 39,63% do total, o equivalente ao consumo, na mesma classe, ao
do estado do Espírito Santo. Por causa dos gatos, a conta do consumidor final
aumenta em 17%, disse o superintendente de distribuição da Light, Dalmer Alves.
Segundo o superiontendente, de
dezembro de 2014 a dezembro deste ano, a conta de luz na área coberta pela
Light subiu 80%. A inflação média no período foi superior a 10%. Entre os
fatores que pressionaram o aumento na energia elétrica estão a alta do dólar,
que impacta o preço cobrado pela usina de Itaipu, e o uso de usinas
termelétricas, a gás ou óleo diesel, mais caras que as hidrelétricas, mas
necessárias por causa da falta de chuva nos reservatórios.
Agência Brasil
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