Começa nesta terça-feira (22)
o verão do hemisfério Sul sob um El Niño – o superaquecimento das águas do
Pacífico – em intensidade máxima. No Brasil, a perspectiva é que ao menos
quatro das cinco regiões do país devem ter temperaturas além do normal de
janeiro a março.
No mês de novembro, o El Niño
já tinha feito com que as temperaturas no leste e no centro do Pacífico já
estivessem 4°C mais quentes em média, sinalizando a fase madura do fenômeno,
que deve durar pelo menos até o início de janeiro. No meio de dezembro,
anomalias de até 5°C estavam sendo registradas.
Esse ápice deve influenciar as
temperaturas nos meses subsequentes no Brasil, afirma o CPTEC (Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais). Segundo climatologistas, apenas a região Sul do país não está em
perspectiva de calor anômalo para o verão.
Do Rio Grande do Sul até o
Vale do Ribeira, em São Paulo, porém, há perspectiva de chuvas além do normal
no período. Já as regiões Norte e Nordeste têm uma perspectiva de trimestre
mais seco do que o normal.
Tanto as anomalias de
temperatura quanto as de pluviometria são sinais do El Niño, que em novembro
atingiu seu pico e já era o mais forte de todo o registro histórico, empatando
com o de 1997/1998.
No contexto que leva em conta
o planeta inteiro, o ano de 2015 já havia batido por antecipação o recorde
histórico de temperaturas, ainda em novembro, superando 2014. A marca se deve
tanto ao El Niño quanto ao aquecimento global, afirmou a OMM (Organização
Meteorológica Mundial).
Nos primeiros vinte dias de
dezembro, as temperaturas máximas estiveram acima da média em quase todo o
país, especialmente no Semi-Árido (norte de Minas Gerais e interior da Região
Nordeste) que registrou áreas com 4°C a 5°C acima do habitual. Apenas na região
Sul as temperaturas ficaram dentro da média histórica.
G1
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