
“Muito provavelmente no
período seco não haverá uma reversão da situação. Se hoje, no final do período
úmido, já se justifica despachar térmicas acima do patamar que aciona a
bandeira vermelha, não é provável que essa situação se reverta até o início do
próximo período úmido”, disse Rufino.
A bandeira vermelha patamar 1,
que está em vigor, implica uma cobrança extra de R$ 3 para cada 100
quilowatts-hora (kWh) consumidos. Ela é usada quando é preciso acionar usinas
termelétricas mais caras, por causa da falta de chuvas.
Rufino explicou que o período
úmido está se encerrando nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e Nordeste, por
isso, mesmo que haja um regime de chuvas melhor do que nos outros anos durante
o período seco, o volume de água nos reservatórios ainda estará baixo. “Não é
nesse período que vai recuperar o enchimento de reservatórios”, afirmou.
Bandeira
O sistema de bandeiras
tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a
utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de
hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela
ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por
exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso
acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse
caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação
das termelétricas acionadas.
Desconto
Apesar da bandeira tarifária
vermelha, os consumidores terão um desconto na tarifa em abril, por causa da
devolução dos valores cobrados a mais no ano passado. Os percentuais de redução
variam de 0,95% a 19,47%.
A devolução vai ocorrer porque
o custo da energia proveniente da termelétrica de Angra 3 foi incluído nas
tarifas do ano passado, mas a energia não chegou a ser usada porque a usina não
entrou em operação.
Agência Brasil
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