Aos poucos o cenário de
destruição deixado pela rebelião que tomou conta da Penitenciária de Alcaçuz em
janeiro deste ano vai dando lugar às obras. Os pavilhões 1, 2 e 3 passam por
reforma e a expectativa do governo é entregar o pavilhão 3 recuperado na próxima
semana.
A equipe da Inter TV Cabugi
teve acesso aos três pavilhões nesta segunda-feira (24). O projeto inicial era
desativar a maior penitenciária do Rio Grande do Norte, mas, com o tempo, a
conclusão foi de que Alcaçuz ainda teria um futuro pela frente.

Depois do muro que separou os
pavilhões 4 e 5 dos demais, a Secretaria de Infraestrutura iniciou a
reconstrução dos pavilhões 1, 2 e 3. A obra é feita com dispensa de licitação e
custou ao estado R$ 1,9 milhão. Cerca de 150 operários se revezam em 3 turnos
para dar conta do trabalho. Quarenta deles concentrados só no pavilhão 3, onde
as obras estão mais perto da conclusão.
Para evitar novas fugas, o
piso foi reforçado com outra camada de concreto. As caixas de esgoto, por onde
os presos cavavam grande parte dos túneis, estão do lado de fora dos pavilhões.
Três cortinas de grades foram instaladas para facilitar a movimentação de
grupos específicos de presos. O sistema de trava das celas ganhou um novo
reforço e eliminou os cadeados.
O contato dos agentes com o
preso ficará restrito. Uma janela no alto ajuda na visualização das alas, o que
antes não existia. Dentro das celas, caixas acrílicas com 10 centímetros de
espessura garantem que a fiação elétrica seja protegida. No pavilhão 2 a
estrutura é diferente: as celas têm capacidade para até 13 presos, mas as
normas de segurança se repetem com trancas protegidas, três guaritas e uma
passarela por onde os agentes podem circular aumentando a vigilância do local.
O governo do estado planeja a entrega do primeiro pavilhão na próxima semana e
os demais dentro de 30 dias.
"Até o final do mês de
maio queremos entregar os outros dois pavilhões que estão faltando", disse
o titular da Secretaria de Infraestrutura, Jader Torres.
Atualmente cerca de 106 homens
da Força Nacional de Intervenção Penitenciária ajudam na condução dos presos
que estão contidos no pavilhão 5 de Alcaçuz. O grande desafio quanto tudo
estiver pronto é garantir que o controle da penitenciária fique mesmo nas mãos
do governo do estado.
Para isso, o governo deverá
agilizar a chegada de novos agentes que aos poucos substituirão a Força
Nacional Penitenciária. "Logo que for reformada Alcaçuz, todos os apenados
estarão dentro das celas e os procedimentos adotados aqui irão contê-los e
também vamos trazer trabalhos sociais para fazer eles interagirem melhor com a
sociedade logo que saírem da cadeia", disse Ivo Freire, diretor do
presídio.
G1RN
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