
O G1 teve acesso a dados
atualizados nesta quarta pelo OBVIO. E, segundo consta no Mapa do Feminicídio,
o número de assassinatos de mulheres em território potiguar vem subindo
constantemente nos últimos três anos. Em 2015, de 1º de janeiro a 19 de abril,
foram registrados 19 homicídios; no ano passado, 26 mulheres foram mortas no
mesmo período. Agora, em 2017, chega a 36 o número de mulheres assassinadas no
estado - o que representa um aumento de 38,5% em relação ao mesmo período de
2016.
Quatro em um dia
Mãe e filha, Maria Terezinha
Alves, 49 anos, e Marluce Alves Gonçalves, 21, foram mortas a tiros na frente
de casa em Ceará-Mirim, na Grande Natal, na madrugada desta quarta-feira (19).
Segundo a Polícia Militar, elas tinham envolvimento com tráfico de drogas. Já
de manhã, duas jovens foram encontradas assassinadas na beira do rio Pitimbu,
em Parnamirim.
Crise
Atualmente, o RN enfrenta uma
crise sem precedentes na segurança pública, principalmente quando se trata de
homicídios. Dados do OBVIO apontam para um aumento significativo no número de
assassinatos registrados no estado. No período de 1º de janeiro a 19 de abril
de 2016, por exemplo, 567 pessoas foram mortas no RN. Já no mesmo período deste
ano, 746 homicídios já foram registrados – um aumento de 31,57%
No início do mês, uma pesquisa
elaborada e divulgada pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública
e Justiça Penal, revelou outro dado preocupante ao apontar Natal, a capital
potiguar, como a 10ª cidade mais violenta do mundo. A lista, que possui 50
cidades, inclui 19 cidades brasileiras. Destas, Natal é a primeira, com 69,56
homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
A Secretaria de Segurança
Pública e da Defesa Social do estado (Sesed) não havia se pronunciado a
respeito da estatística até o fechamento desta reportagem.
Nesta quarta, a delegada
Sheila Freitas, especializada em combate ao crime organizado, teve seu nome
anunciado pelo governador Robinson Faria como a nova secretária de Segurança do
estado. Ela substitui o delegado federal Caio Bezerra, que pediu exoneração na
segunda-feira (17) depois de passar seis meses no cargo.
G1RN
G1RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente