
A greve é contra a
privatização, demissões e retiradas de direitos, além do fechamento de mais de
200 agências no país, segundo a Fentect. De acordo com a federação, dos 36
sindicatos filiados à entidade, 33 aderiram. Somente três estados não
participam: Sergipe, Amapá e Roraima.
Os funcionários das agências
franqueadas, que são terceirizados, não participam da greve. A empresa possui
atualmente cerca de 6.500 agências próprias, além de mais de 1 mil franqueadas.
"Além do fim das agências
próprias dos Correios, com fortalecimento das franqueadas, o que esvazia os
negócios da empresa para a iniciativa privada, a ECT implantou a entrega
alternada em vários locais do país. Assim, aprofunda a má qualidade na entrega
de correspondências, que deixa de ser diária, retirando, dessa maneira, o
direito do cliente de receber regularmente as encomendas", diz a
federação.
Crise nos Correios
Os Correios enfrentam uma
severa crise econômica e medidas para reduzir gastos e melhorar a lucratividade
da estatal estão em pauta. O presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou
que a estatal teve um prejuízo estimado de R$ 400 milhões no primeiro
trimestre, após ter tido prejuízo anual de cerca de R$ 2 bilhões em 2015 e em
2016. Ele disse ainda que a empresa não tem condições de arcar com sua folha de
pagamentos e que demissões de servidores concursados estão em pauta.
A estatal não tem contatações
há vários anos - o último concurso foi realizado em 2011.
Em 2016, os Correios
anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir a meta
de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa. “A economia com
esses 5,5 mil é de R$ 700 milhões anuais e essa marca alcançada com o PDI fica
aquém da necessidade da empresa. Precisamos ter outras ações para enxugamento
da máquina da empresa”, afirmou Campos no dia 20 de abril.
Os Correios planejam também
fechar cerca de 200 agências neste ano, além de uma série de medidas de redução
de custos e de reestruturação da folha de pagamentos. Segundo os Correios, o
fechamento dessas agências acontecerá sobretudo nos grandes centros urbanos.
Para Campos, outro ponto
fundamental para reestruturar o orçamento dos Correios é encontrar um novo
formato para o plano de saúde dos funcionários dos Correios, o Postal Saúde.
Segundo ele, esse custeio é o responsável pela maior parte do déficit
registrado nos últimos anos.
Pelo modelo, a estatal arca
com 93% dos custos dos planos de saúde e os funcionários com 7%. “Estamos
negociando com os trabalhadores, com os sindicatos, buscando uma alternativa.
Nos moldes que está é impossível de ser mantido”, diz.
G1
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