A versão final da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino infantil e fundamental,
apresentada nesta quinta-feira pelo Ministério da Educação (MEC), determina
pelo menos sete mudanças importantes em relação aos textos anteriores. Uma
delas é que toda criança deve estar plenamente alfabetizada até o fim do
segundo ano — na versão anterior da Base, o prazo era até o terceiro ano. O
ensino religioso também foi excluído do texto, e o conceito de gênero não é
trabalhado nesta nova versão. A língua inglesa passa a ser o idioma estrangeiro
obrigatório das escolas — antes, cada colégio poderia optar pela língua que
achasse melhor. Além disso, o conteúdo de história passa a ser organizado
segundo a cronologia dos fatos.
Sobre a exclusão de ensino
religioso, o MEC alegou respeitar a lei que determina que assuntos relacionados
a religião sejam optativos e que é competência dos sistemas de ensino estadual
e municipal definir essa regulamentação. Quanto ao conteúdo de gênero, o
ministério defende "respeito à pluralidade", mas diz que evitará
entrar em detalhes.
Outra mudança de destaque é
que o texto aponta dez competências que os alunos devem desenvolver ao longo
desta fase da educação (veja lista abaixo). Uma delas é "utilizar
tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética".
— As competências do século
XXI dizem respeito à formação de cidadãos mais críticos — disse a
secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de
Castro. — São competências que se contrapõem ao ensino erudito do passado,
baseado na decoreba.
O Globo
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