Tibério Vinícius França foi
preso em Pernambuco (Foto: Divulgação/PF)
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O policial civil Tibério
Vinicius Mendes de França, acusado de matar a tiros o colega Iriano Serafim
Feitosa, crime ocorrido em fevereiro do ano passado na Zona Sul de Natal, está
sendo julgado. O júri popular, que é presidido pela juíza Eliana Alves Marinho,
começou na manhã desta segunda (11) no Tribunal do Júri do Fórum Miguel Seabra
Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul da capital potiguar.
Segundo Tribunal de Justiça, o
Ministério Público pede a condenação do policial pelos crimes de homicídio
duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima) no
caso de Iriano, e também por tentativa de homicídio (igualmente qualificado por
motivo fútil e impossibilidade de defesa) contra a mulher de Iriano, a advogada
Ana Paula da Silva Nelson, que também foi baleada. Ela, que estava no carro
junto com o marido, foi socorrida e escapou do atentado ferida na perna
esquerda e no tórax.
Advogada Ana Paula Nelson e o marido, o policial civil Iriano Feitosa, morto a tiros em fevereiro de 2016 (Foto: Ana Paula Nelson/Arquivo Pessoal)
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Iriano foi assassinado no dia
3 de fevereiro de 2016 no conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. Ele e
a mulher dele passavam de carro pela Av. Xavantes quando foram atacados. “Esse
policial (Tibério França) se aproveitou de um descuido do meu marido. Ele se
aproximou sozinho em uma moto e, sem parar, efetuou vários disparos”, relatou a
esposa, a advogada Ana Paula Nelson. O casal foi socorrido, mas Iriano morreu
logo após dar entrada no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.
Iriano Serafim Feitosa estava dirigindo o carro, ao lado da esposa, quando foi baleado (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
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Tibério foi preso no dia 22 de
março do mesmo ano, mas conseguiu fugir da prisão em junho. Ele acabou sendo
recapturado no mês seguinte no município de Cabrobó, no sertão de Pernambuco.
Atualmente, Tibério
encontra-se detido no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes,
mais conhecido como Cadeia Pública de Natal. Caso seja condenado, deve ser
transferido para uma penitenciária.
Ana Paula
A advogada Ana Paula Nelson
também está presa. Não pelo caso da morte do marido, mas por ser suspeita de
envolvimento com uma facção criminosa investigada pela ‘Operação Medellín’, que
foi deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil em setembro do ano
passado. Segundo as investigações, a advogada fazia parte de uma quadrilha de
traficantes. Além do comércio de drogas, o bando também cometia crimes de
lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores.
Segundo o advogado Arsênio
Pimentel, que faz a defesa de Ana Paula, até o presente momento ela continua
detida “aguardando fixação de competência para julgamento que, a princípio,
está para ser analisado pelo juízo da 4ª Vara Criminal Natal”.
G1RN
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