Tiririca não vê a menor graça
em ser político. Muito menos, na Câmara dos Deputados. Daí, a decisão: não será
candidato à reeleição em 2014. Vai cumprir o mandato e depois voltará ao
picadeiro – o de verdade e mais divertido, onde se sente feliz.
A desilusão de Tiririca é
fácil de entender. Ele não é político; é artista circense. Na Câmara, não teve
um projeto aprovado; não conseguiu fazer nada. No picadeiro, sabe deixar as
crianças felizes.
Tiririca disputou as eleições
de 2010 num projeto do PR de São Paulo para puxar votos e aumentar a bancada
dos republicanos em Brasília. Conseguiu. Foi campeão de votos em todo o País e
ajudou eleger uma penca de políticos profissionais sem voto.
Agora, dois anos depois, o
palhaço não consegue mais sorrir, nem com a montanha de dinheiro que a Câmara
oferece: salário de R$ 26,7 mil, verba de gabinete de R$ 97.200 e direito a
apresentar R$ 15 milhões em emendas.
Entrevistado pela Folha de S.
Paulo, Francisco Everaldo Oliveira Silva disse que vai deixar de ser deputado e
voltará a ser palhaço. Inclusive, antecipou que pedirá desfiliação do PR, para
não deixar dúvidas que abandonará a política.
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