A presidente Dilma Rousseff
defendeu o compromisso dos países dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul) com quatro pontos básicos para a redução do que
chamou de "riscos que a economia global continua a enfrentar". A
lista inclui o estímulo aos investimentos em infraestrutura, a diminuição da
volatilidade dos mercados globais, a necessidade de reformas das instituições
financeiras e o combate à pobreza e às desigualdades. Esta, segundo ela, é a
agenda que deve ser priorizada no âmbito do G-20.
— Os países devem seguir
comprometidos a trabalhar pela redução dos riscos que a economia global
continuar a enfrentar, priorizando na agenda do G-20 temas importantes para
países em desenvolvimento como investimentos em infraestrutura, a redução da
volatilidade dos mercados globais, a necessidade de reformas da instituições
financeiras e o combate à pobreza e às desigualdades — afirmou a presidente.
Este foi o discurso de
abertura da presidente durante a reunião dos Brics, que aconteceu na manhã
deste domingo, paralelamente à cúpula do G-20 (o grupo que reúne as vinte
maiores economias do mundo) no balneário de Antália, na Turquia.
Apesar da longa pauta de temas
econômicos e sociais prevista para as reuniões do G20 que vão até
segunda-feira, o combate ao terrorismo dominou a agenda dos presentes. Sobre o
tema, deve haver uma mensagem forte no comunicado final do encontro, que acaba
de começar com um almoço de boas vindas para os chefes de Estado e de governo
em Antália.
Em seguida, os chefe de Estado
e de governo posam para a foto oficial do evento. Durante a tarde, acontece a
primeira sessão de trabalho do grupo. O dia será encerrado com outro jantar para
os líderes organizado pelo governo da Turquia, que preside o G-20 este ano.
Durante a manhã, a presidente
começou exercícios. Por volta das 7h30 saiu para uma caminhada em volta do
hotel onde está hospedada com outros líderes do G-20.
Alerta para recuperação frágil
da economia
Os líderes dos Brics ainda
vêem riscos para a economia global e consideram que a sua recupeação ainda não
é sustentável. Em reunião pela manhã, o grupo divulgou um comunicado conjunto
sobre a situação da economia mundial.
"Os líderes concordaram
que a economia global ainda estava em risco e que sua recuperação ainda não é
sustentável, o que realça a importância do fortalecimento da coordenação e da
cooperação em políticas macroeconômicas entre os membros do G-20 para evitar repercussões
negativas e de modo a lograr crescimento forte, equilibrado e
sustentável", afirma o comunicado conjunto informal, divulgado depois do
encontro.
Os Brics defenderam ainda que
" todos os membros do G20 devem se concentrar na implementação de suas
respectivas estratégias nacionais de crescimento".
O documento ainda destaca que
a "politização das relações econômicas e a introdução de sanções
econômicas", que chama de desafios geopolíticos, continuam prejudicando as
perspectivas futuras de crescimento econômico. Atualmente, a Rússia enfrenta
sanções econômicas impostas pelo Estados Unidos e União Europeia (UE) em função
da sua atuação na crise na Ucrânia.
O texto do comunicado também
condena os atentados terroristas em Paris e reiteraram o compromissos de
fortalecer a cooperação entre os países dos BRICS e com outras nações na luta
contra o terrorismo.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente