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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Direção de Alcaçuz identifica presos que estão desaparecidos

O Sindicato dos Agentes Penitenciários confirmou que dois presos foram soterrados enquanto cavavam um túnel no pavilhão 2 de Alcaçuz. Uma retroescavadeira do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) foi solicitada, mas ainda não chegou no local.

Enquanto o equipamento não chega, 14 presos trabalham nas buscas pelos desaparecidos. Além disso, está sendo preparado um esquema de iluminação para o local, já que o resgate deve continuar durante a noite.
Segundo Vilma Batista, presidente do sindicato, os detentos soterrados são Arlindo de Lima Silva e Rodrigo Nascimento Silva estão desaparecidos, conhecidos como "Boneco" e "Baby", respectivamente. O segundo era do pavilhão 1 e já havia sido pego cavando outro túnel.

De acordo com o tenente Cristiano Couceiro, o Corpo de Bombeiros foi acionado às 10h24. "Recebemos a informação de que supostamente um preso teria sido soterrado enquanto cavava um túnel no presídio", disse.

Neste domingo (8), uma revista realizada na unidade prisional encontrou dois túneis no pavilhão 2, local onde os presos se rebelaram no sábado (7). Não foram encontradas saídas externas dos túneis.

Rebelião
Os presos do pavilhão  2 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, rebelados desde o fim da tarde de sábado (7), resolveram se render após negociação com a direção do presídio. Com as visitas suspensas para todos os pavilhões enquanto a situação não fosse controlada, detentos de outras áreas de Alcaçuz pressionaram para o fim da ação. Para que a rebelião fosse suspensa, a direção do presídio concordou que não haveria intervenção das forças de choque.

O diretor da unidade, Eider Brito, foi chamado no início da manhã deste domingo para se reunir com os presos. Eles garantiram que não há mortos e feridos, mas a Polícia Militar realiza ainda durante a tarde de hoje uma revista no pavilhão.

A motivação para a rebelião seria a presença de policiais do BPChoque, que foram solicitados ontem pelo diretor da unidade para fazer uma revista no pavilhão. "Eu recebi informações de que teria um túnel no local, solicitei os policias, mas os presos não deixaram eles entrar e iniciaram o motim, tivemos que recuar, pois o número de policias era bem menor que o de presos", explicou Brito.

Raimundo Nonato
No Presídio Raimundo Nonato, na zona norte de Natal, a polícia fez a intervenção e controlou a situação. Os presos iniciaram, também no fim da tarde de ontem, uma rebelião e queimaram colchões, celas e destruíram parte da unidade.

De acordo com o blog Ronda.com, os mais de 450 presos dos pavilhões A e B se rebelaram e só foram contidos por volta das 21h. A Força Nacional foi acionada para evitar que os detentos fugissem.

Tribuna do Norte

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