O Sindicato dos Agentes
Penitenciários confirmou que dois presos foram soterrados enquanto cavavam um
túnel no pavilhão 2 de Alcaçuz. Uma retroescavadeira do Departamento de
Estradas e Rodagens (DER) foi solicitada, mas ainda não chegou no local.
Enquanto o equipamento não
chega, 14 presos trabalham nas buscas pelos desaparecidos. Além disso, está
sendo preparado um esquema de iluminação para o local, já que o resgate deve
continuar durante a noite.
De acordo com o tenente
Cristiano Couceiro, o Corpo de Bombeiros foi acionado às 10h24. "Recebemos
a informação de que supostamente um preso teria sido soterrado enquanto cavava
um túnel no presídio", disse.
Neste domingo (8), uma revista
realizada na unidade prisional encontrou dois túneis no pavilhão 2, local onde
os presos se rebelaram no sábado (7). Não foram encontradas saídas externas dos
túneis.
Rebelião
Os presos do pavilhão 2 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz,
rebelados desde o fim da tarde de sábado (7), resolveram se render após
negociação com a direção do presídio. Com as visitas suspensas para todos os
pavilhões enquanto a situação não fosse controlada, detentos de outras áreas de
Alcaçuz pressionaram para o fim da ação. Para que a rebelião fosse suspensa, a
direção do presídio concordou que não haveria intervenção das forças de choque.
O diretor da unidade, Eider
Brito, foi chamado no início da manhã deste domingo para se reunir com os
presos. Eles garantiram que não há mortos e feridos, mas a Polícia Militar
realiza ainda durante a tarde de hoje uma revista no pavilhão.
A motivação para a rebelião
seria a presença de policiais do BPChoque, que foram solicitados ontem pelo
diretor da unidade para fazer uma revista no pavilhão. "Eu recebi
informações de que teria um túnel no local, solicitei os policias, mas os presos
não deixaram eles entrar e iniciaram o motim, tivemos que recuar, pois o número
de policias era bem menor que o de presos", explicou Brito.
Raimundo Nonato
No Presídio Raimundo Nonato,
na zona norte de Natal, a polícia fez a intervenção e controlou a situação. Os
presos iniciaram, também no fim da tarde de ontem, uma rebelião e queimaram
colchões, celas e destruíram parte da unidade.
De acordo com o blog
Ronda.com, os mais de 450 presos dos pavilhões A e B se rebelaram e só foram
contidos por volta das 21h. A Força Nacional foi acionada para evitar que os
detentos fugissem.
Tribuna do Norte
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