
Ele explicou que os testes
serão feitos a partir de duas amostras da molécula. Uma será requisitada à Universidade
de São Paulo (USP) e outra será manufaturada com base na descrição do composto
registrado no pedido de patente apresentado ao Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (Inpi). Segundo o MCTI, depois da primeira etapa de
análises, estão previstas as fases seguintes do estudo em humanos.
O composto gerou controvérsia
após sua distribuição ter sido aprovada, por decisão judicial, para alguns
pacientes em tratamento contra o câncer. No último dia 12, no entanto, o
Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o fornecimento da substância, mas os
debates em torno da eficácia da substância continuam.
“Existe uma polêmica provocada
por decisões judiciais no sentido de mandar a Universidade de São Paulo
distribuir essa molécula. Não existe informação, por parte da Anvisa, nem de
nenhum outro órgão, que certifique o uso desse remédio no Brasil ou no mundo;
não há ninguém que tenha certificado essa molécula como remédio de combate à
doença”, afirmou o ministro Pansera, em entrevista coletiva.
A molécula foi sintetizada
pela equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de
Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos, e
ficou conhecida nas redes sociais como “pilula do câncer”. Isso ocorreu antes
de a substância ter passado oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela
legislação, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado
por seres humanos.
O MCTI já disponibilizou R$ 2
milhões para a síntese da droga e para o início das pesquisas. A estimativa é
que, nos próximos anos, sejam gastos, aproximadamente, R$ 10 milhões na
pesquisa.
Em nota publicada no dia 13 de
outubro de 2015, a Universidade de São Paulo informou que “por liminares
judiciais”, foi obrigada a fornecer o produto, mas esclareceu que, em respeito
aos doentes e seus familiares, informou que a substância não é remédio.
Nominuto.Com
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