![]() |
Foto: Arquivo TN |
O Rio Grande do Norte
registrou o terceiro maior crescimento percentual de homicídios de mulheres no
Brasil entre os anos de 2003 e 2013. É o que aponta o Mapa da Violência 2015:
Homicídios de Mulheres no Brasil, divulgado nesta segunda-feira (9). O estudo
foi desenvolvido pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. (Flacso).
De acordo com a pesquisa, os
números do RN quase triplicaram durante durante o período. Em 2003 o estado
registrou 32 mortes violentas de mulheres. Já em 2013, o total foi de 89, um
salto de 178,1%, crescimento inferior apenas que Roraima (500%) e Paraíba
(260%).
A pesquisa mostra ainda que os
números totais de homicídios de mulheres cresceram desde 2006, quando foi
instaurada a Lei Maria da Penha, que pune casos de violência contra a mulher.
No primeiro ano de vigência, foram 42 casos. A única redução ocorreu entre 2008
e 2009, quando foram registrados 59 e 57 homicídios, respectivamente. Já em 2013,
foram 89 mortes.
Taxas cresceram em todo o país
Entre 2003 e 2013, o número de
mulheres mortas de forma violenta passou de 3.937 para 4.762, um crescimento de
21%
Em 2013, 13 mulheres foram
mortas por dia no país, em média, um total de 4.762 homicídios.
Nesta edição, segundo a
Flacso, o estudo foca a violência de gênero e revela que, no Brasil, 55,3%
desses crimes aconteceram no ambiente doméstico, sendo 33,2% cometidos pelos
parceiros ou ex-parceiros das vítimas. Com base em dados de 2013 do Ministério
da Saúde, ele aponta ainda que 50,3% das mortes violentas de mulheres são
cometidas por familiares.
Sobre a idade das vítimas, o
Mapa da Violência aponta baixa incidência até os 10 anos de idade, crescimento
até os 18 e 19 anos, e a partir dessa idade, uma tendência de lento declínio
até a velhice.
O país tem taxa de 4,8
homicídios para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme dados
da Organização Mundial da Saúde que avaliaram um grupo de 83 países, informou a
Flacso.
O Mapa da Violência (clique
AQUI para acessar) é um trabalho desenvolvido pelo pesquisador Julio Jacobo
Waiselfisz que, desde 1998, já divulgou 27 estudos. Todos eles, segundo a
Flacso, trabalharam a distribuição por sexo das violências, sejam suicídios,
homicídios ou acidentes de transporte, mas em 2012, dada a relevância do tema e
as diversas solicitações nesse sentido, foi elaborado o primeiro mapa
especificamente focado nas questões de gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente