A Secretaria de Saúde do Rio
Grande do Norte (Sesap) confirmou nesta quarta-feira (11) que o estado também
registrou casos de microcefalia em recém-nascidos. O Ministério da Saúde
decretou situação de emergência para investigar o aumento do número de casos
diagnosticados em estados do Nordeste.
Segundo informou a assessoria
de comunicação da Sesap, a equipe técnica da secretaria está reunida para
mapear os casos já confirmados de microcefalia no estado. Os números serão
compilados durante uma reunião realizada ainda nesta quarta, as 18h, com a
presença do secretário de saúde, José Ricardo Lagreca. A divulgação dos dados
ao público só deve ser feita após a reunião, que também vai discutir as medidas
que serão adotadas para tratar dos casos.
Hipótese de ligação com zika
vírus
Sobre a hipótese que tem sido
discutida pela comunidade médica de que o aumento de casos de microcefalia
poderia estar relacionado a infecções por zika vírus - vírus que foi
identificado pela primeira vez no país em abril deste ano - os representantes
do Ministério afirmaram que ainda é precipitado atribuir o evento a essa causa.
Segundo documento divulgado
pela Secretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de
Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia
apresentaram erupções na pele durante a gravidez. Apesar de este ser um dos
sintomas do zika vírus, não há evidências suficientes para associá-lo à
microcefalia, de acordo com o órgão.
De acordo com o ministério,
entre os casos de microcefalia registrados recentemente, alguns são graves, no
entanto ainda não é possível observar um padrão claro em relação ao grau de
microcefalia mais frequente na situação atual.
Entenda o que é a microcefalia
Microcefalia é uma condição
médica que se caracteriza por um crânio menor do que o tamanho médio,
geralmente por causa de uma falha no desenvolvimento do cérebro. O problema
pode estar associado a síndromes genéticas ou a outros fatores como abuso de
álcool e drogas durante a gravidez ou a infecção da gestante por rubéola,
catapora ou citomegalovírus.
Crianças que nascem com
microcefalia podem ter o desenvolvimento cognitivo debilitado. Não há um
tratamento definitivo capaz de fazer com que a cabeça cresça a um tamanho
normal, mas há opções de tratamento capazes de diminuir o impacto associado com
as deformidades.
Segundo o Instituto Nacional de
Distúrbios Neurológicos e AVC dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados
Unidos (Ninds-NIH), algumas crianças acometidas pela anomalia podem ter algum nívelT
de incapacitação. Outras podem se desenvolver de forma similar a outras
crianças e ter inteligência normal.
Ministério da Saúde/No Minuto
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