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Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil |
O presidente do Conselho de
Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA), convocou para a próxima
terça-feira (15), às 9:30h, uma reunião do colegiado para apresentação e
votação do relatório do deputado Marcos Araújo, que assumiu hoje (10) a
relatoria do processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para garantir que a apreciação
do relatório não seja atrapalhada por manobras de aliados do presidente da
Câmara, Araújo já convocou reuniões do Conselho também para a tarde de
terça-feira e para quarta-feira (16), manhã e tarde.
Araújo disse que, antes da
escolha do relator, foi orientado pela Secretaria-Geral da Mesa de que, no
momento do sorteio para escolha do relator, o bloco político que estaria
valendo seria o bloco atual, e não o arranjo político do início da legislatura.
Pelo regimento, parlamentares
do mesmo bloco ou estado do representado não podem ocupar o cargo. Atualmente o
partido de Pinato, o PRB, não faz parte do bloco do PMDB, mas, no início da
legislatura, Pinato compunha o bloco de Cunha.
“A SGM disse que o bloco a ser
seguido era o novo bloco. Foi a informação que tivemos à época. Se fomos
induzidos ao erro, paciência”, esclareceu.
O líder da Rede, Alessandro
Molon (RJ), considerou a informação dada pela Secretaria-Geral da Mesa gravíssima.
“Se o vice-presidente tomou uma decisão contrária ao entendimento existente, é
uma informação muito grave”, criticou.
Pinato agradeceu o apoio que
recebeu de parlamentares governistas e oposicionistas e disse que pessoalmente
não vai "mover uma palha" para voltar à relatoria. “Eu acredito na
maioria desse Parlamento. A decisão foi feita monocraticamente e não pela Casa.
Não vou mover uma palha, confio nessa presidência e confio na grande maioria
dos parlamentares que representam o nosso país. Caso façam algum recurso para
eu voltar e eu não volte, quero dizer da confiança [que tenho] no novo relator.
Podem me tirar a relatoria, mas continuo sendo segundo vice-presidente desse
Conselho de Ética”, disse o ex-relator do caso.
Agência Brasil
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