A Polícia Federal deflagrou
nesta quinta-feira (17) a Operação Positus, que investiga o Postalis, fundo de
pensão dos Correios, por má gestão. A operação desta quinta apura um desvio que
pode chegar a R$ 180 milhões.
De acordo com a PF, foram
expedidos sete mandados de busca e apreensão: dois em São Paulo, três em
Brasília, um em Belém e um em João Pessoa.
A PF informou que também foi
expedido um mandado de prisão preventiva para Fabrizio Neves, ex-gestor do
fundo, o principal investigado na operação. Segundo a polícia, Neves está
foragido e teve o nome incluído na lista vermelha da Interpol (a polícia internacional).
O ex-diretor do Postalis
estaria morando nos Estados Unidos, segundo a PF, e teria solicitado um
passaporte italiano há alguns meses. De acordo com informações divulgadas nesta
quinta, ele teria viajado há dois meses para a Espanha e não foi encontrado
pelos policiais.
A polícia brasileira informou
que trabalha em cooperação com as polícias norte-americana, italiana e a
Interpol para localizá-lo e prendê-lo.
Fraudes
De acordo com o inquérito
policial, foram identificados dois fundos de investimentos do Postalis,
contendo mais de R$ 370 milhões em recursos aplicados que teriam sido geridos
de forma fraudulenta.
A fraude consistia, segundo as
investigações, na compra de títulos do mercado de capitais, por uma corretora
americana, que os revendia por um valor maior para empresas com sede em
paraísos fiscais ligados aos investigados. Em seguida, de acordo com o
inquérito, os títulos eram adquiridos pelos fundos do Postalis com um aumento
ainda maior no valor do título.
Entre as operações financeiras
que causaram prejuízo está, por exemplo, uma em que a Postalis poderia ter pago
R$ 11,8 milhões para ter 37,5% de um fundo de investimentos, foram pagos R$ 105
milhões por uma fatia menor, de 7,5%.
G1
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