
Segundo a CNC, o resultado de
junho é o primeiro em que todos os componentes da pesquisa se encontram abaixo
de 100 pontos, o que indica insatisfação. A assessora econômica da CNC, Juliana
Serapio, disse que o aumento do desemprego, o alto nível de endividamento e o
encarecimento do crédito continuam derrubando o indicador, mesmo com a
diminuição da inflação.
Compras em queda
A intenção de compra a prazo
teve a maior queda quando analisada a comparação junho/maio, chegando a um
declínio de 4%. Em relação a 2015, a perda chega a 30,2%. As quedas do Nível de
Consumo Atual foram de 2,7% e de 38,1% nas mesmas bases de comparação, e 66,8% das famílias pesquisadas declararam que
estão consumindo menos do que no ano passado.
O indicador Momento para
Duráveis, que reflete a avaliação sobre a possibilidade de adquirir bens como
automóveis, registra o menor patamar da pesquisa, de 42 pontos. Em relação a
junho do ano passado, o indicador caiu 35,8%, e, ante maio deste ano, a
retração foi de 2,1%.
Segundo a pesquisa, cerca de
três quartos das famílias brasileiras (76%) consideram que o momento atual é
desfavorável para comprar esse tipo de bens.
As perspectivas de consumo
também tiveram queda de 1,5% em relação a maio e de 34,8% ante junho do ano
passado.
Emprego
A parte da pesquisa que avalia
o Emprego Atual caiu para menos de 100 pontos pela primeira vez nos dados
divulgados hoje, com 99,4 pontos. Houve queda de 0,8% em relação a maio e de
13,7% na comparação com junho do ano passado.
Pouco mais de um quarto das
famílias brasileiras (28,3%) se sente mais seguro no emprego atual. As
perspectivas para o mercado de trabalho também pioraram, com queda de 0,1% na
comparação mensal e de 13,6% ante junho do ano passado.
A CNC divulgou, ainda, que
mantém sua previsão de que o varejo restrito terá retração de 4,8% em 2016, já
que há perspectiva de que a inflação evolua de forma mais favorável. Por outro
lado, a CNC piorou a projeção para o varejo ampliado, aumentando a previsão de
queda de -8,8% para -9,4%. O varejo restrito exclui as vendas de materiais de
construção e de automóveis.
Apesar disso, a CNC afirma que
a pesquisa de junho mostra que os componentes ligados às perspectivas tiveram
recuos mais baixos, o que significa que as expectativas para os próximos meses
devem melhorar.
Agência Brasil
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