Com a seca prolongada, animais
mortos às margens das rodovias que cortam o estado compõem cenário desolador
(Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)
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Ministério da Integração
Nacional voltou a reconhecer a situação de emergência de 153 municípios do Rio
Grande do Norte que sofrem com a seca prolongada dos últimos anos. Com a
medida, publicada no Diário Oficial da União, as prefeituras podem pedir apoio
do governo federal para ações de socorro e assistência à população.
Além da possibilidade de obter
fornecimento de água potável, por meio da Operação Carro-Pipa Federal, os
municípios passam a ter direito a outros benefícios, como a renegociação de
dívidas no setor de agricultura junto ao Banco do Brasil e o apoio do Banco
Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para a retomada da atividade econômica.
Com validade de seis meses, o
reconhecimento já havia sido dado em novembro do ano passado e foi publicado
novamente agora em abril, um mês depois do decreto do governo estadual que
estabeleceu, pelo quarto ano consecutivo, a situação de emergência nos
municípios. O decreto permite que o Estado contrate, sem licitação, as obras e
os serviços necessários para reduzir os efeitos provocados pela seca.
Em dezembro, o G1 publicou
matéria mostrando que a mais longa e severa estiagem da história do Rio Grande
do Norte estava fazendo o maior reservatório do estado secar. O nível da
barragem Armando Ribeiro Gonçalves chegou a cair para 13%, mas tem melhorado e
hoje é de 18% da capacidade, segundo dados do Instituto de Gestão de Águas do
RN (Igarn).
Atualmente, 30 reservátorios
do estado estão secos ou em volume morto, de acordo com o Igarn. A reportagem
também visitou sete cidades onde os canos estão secos ou há rodízio de água –
em uma delas, até uma cidade submersa pela represa reapareceu. A seca afeta
moradores, a produção agropecuária e até o PIB do estado.
G1RN
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