Em um jantar oferecido pela
comunidade libanesa de São Paulo na noite desta segunda-feira, o presidente
Michel Temer disse que a recuperação da economia do Brasil depende da aprovação
da reforma da Previdência. Segundo ele, a mudança proposta pelo governo vai
acabar com benefícios de políticos e servidores públicos, que devem se
aposentar por meio do regime geral, como as demais pessoas. Em 21 de março,
porém, o governo retirou servidores municipais e estaduais do texto da reforma.
O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, fala durante seminário sobre Reforma da Previdência, no
RioMeirelles diz que reforma da Previdência é fundamental para recuperação em
2017
— Se não reformamos a
Previdência estarão comprometidos os aposentados de amanhã e de hoje, se
perpetuarão privilégios, será abalada confiança de investidores e isso poderá
ameaçar a própria trajetória de recuperação da nossa economia — afirmou Temer.
O presidente afirmou, mais uma
vez, que os termos da reforma estão sendo negociados e pediu a ajuda da
comunidade libanesa para divulgá-la. Em suas palavras, "quanto mais se
falar na reforma, mais as pessoas se convencem".
Ao longo do discurso, Temer
listou índices econômicos favoráveis a seu governo, comemorou o superávit
comercial da primeira semana de abril, de US$ 1,5 bilhão, e disse que a agência
de classificação de risco Moody's elevou a nota de crédito da Petrobras de
estável para positiva.
— Falar da Petrobras, que era
mal visto uns anos atrás, agora é motivo de orgulho.
Ainda de acordo com ele, o
Brasil deve recuperar o grau de investimento das agências de rating quando o
risco-país atingir 240 pontos.
— Quando assumimos, o
risco-país estava em 575 pontos. Hoje, está em 270. Quando chegarmos a 240
pontos, recuperamos o grau de investimento.
O presidente lembrou que seus
pais nasceram no Líbano e que o Brasil mantém relações comerciais com o país do
Oriente Médio há mais de um século. Ele se comprometeu a
"incrementar" um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o
Líbano.
Durante o discurso, Temer
lembrou-se dos conflitos na Síria que, após o uso de armas químicas, foi alvo
de um bombardeio norte-americano. O presidente disse que torce para uma solução
para o conflito.
— Rogo a Deus que ilumine
todos aqueles que habitam a Síria, governantes e governados, e as nações do
mundo todo para logo tenhamos paz naquele nosso país vizinho — afirmou o
presidente. — Aqui no Brasil estamos abertos aos refugiados sírios como
estivemos abertos para toda a imigração mundial.
O Globo
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