O otimismo manifestado por cientistas é contrabalançado por três preocupações. Primeiro, uma proteção não absoluta significa que os infectados (assim como os vacinados) não estão livres para sair à rua sem máscara e desrespeitando regras de distanciamento. Segundo, com acompanhamento máximo de oito meses, os novos estudos não dizem se a imunidade vai durar mais que isso. Por fim, novas variantes do vírus podem driblar essa imunidade.
A despeito das limitações, especialistas reacendem a ideia de que, entre jovens saudáveis, seria interessante vacinar primeiro os que nunca se infectaram.
— Como claramente existe uma considerável proteção induzida por infecção prévia, de ordem similar à de algumas vacinas, num cenário de escassez de doses se pode argumentar que é mais importante vacinar logo aqueles que nunca se infectaram — diz Stuart Sealfon, pesquisador da escola médica do Hospital Mount Sinai, de Nova York, que estuda o assunto. — Dessa forma, é possível andar mais rápido em direção à imunidade de rebanho e prover mais proteção coletiva contra a doença para cada dose de vacina que é aplicada.
O Globo
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