A satisfação geral do
passageiro medida pela Secretaria de Aviação nos 15 aeroportos que movimentam
80% das pessoas que viajam de avião no Brasil alcançou a nota mais alta desde
que a Pesquisa Permanente de Satisfação do Passageiro começou a ser feita, em
janeiro de 2013. Em uma escala de 1 a 5, a nota média apurada no 3º trimestre
de 2015 foi de 4,15. A série histórica manteve evolução crescente e a tendência
é de alta. 84% dos 13 mil passageiros ouvidos nos meses de julho, agosto e
setembro deram notas de 4 a 5 para seus aeroportos. Somente 3% avaliaram como
ruim ou muito ruim. A pesquisa registrou um aumento de 3% nas notas 5 e 33 dos
48 indicadores medidos tiveram notas acima de 4. Apenas 3% dos entrevistados
avaliou os aeroportos como ruins ou muito ruins.
Guarulhos foi o aeroporto que
mais melhorou em relação a si mesmo. Perguntados sobre a satisfação geral com o
terminal, os passageiros deram nota média de 4,41. No trimestre anterior – abril,
maio e junho, haviam dado 4,04. Há um ano, 3,46. Curitiba continua o aeroporto
mais bem avaliado do País. Conquistou 4,51, a nota mais alta conferida pelos
passageiros entre os 15 aeroportos pesquisados. É a primeira vez que a pesquisa
registra nota acima de 4,50 para satisfação geral com o terminal. No trimestre
anterior, havia obtido 4,43. O terceiro aeroporto mais bem avaliado é Recife,
com 4,39. Recife foi o grande vencedor do prêmio Aeroportos + Brasil 2014.
PERGUNTAS ESPECÍFICAS PARA
PASSAGEIROS COM DEFICIÊNCIA
Esta é a 11ª rodada trimestral
da pesquisa feita pela Praxian – Business & Marketing. O nível de confiança
é de 95%, com margem de erro de 5%. Nos 33 meses em que é realizada, a média da
satisfação geral dos passageiros com os 15 aeroportos evoluiu de 3,81 para
4,15, uma diferença de 0,34 décimos. Na 1ª rodada da pesquisa, feita no 1º
trimestre de 2013, só 3 dos 14 aeroportos dos obtiveram notas acima de 4 (São
Gonçalo do Amarante, em Natal, ainda não havia sido inaugurado). Neste 3º
trimestre de 2015, 11 em 15 terminais tiveram notas acima de 4, meta acordada
entre a Secretaria de Aviação, autoridades e gestores aeroportuários.
A partir do próximo ano, a pesquisa
terá perguntas específicas, dirigidas aos PNAEs (Passageiros com Necessidade de
Atendimento Especial), para medir a qualidade da acessibilidade do terminal.
Serão três perguntas no embarque: qualidade da acessibilidade no aeroporto,
disponibilidade de vagas reservadas no estacionamento e disponibilidade de
assentos reservados para pessoas com cadeiras de rodas e seus acompanhantes. E
uma no desembarque: sobre como foi feito seu desembarque (em ponte de embarque,
Sistema ELO, Ambulifit, Cadeira robótica, Rampa Móvel ou outro). Como o
passageiro sai de um lugar e vai para outro, as perguntas são feitas no
embarque e no desembarque, porque medem a satisfação do passageiro com um
aeroporto específico.
Também será incluída uma
pergunta sobre a sinalização que orienta os passageiros dentro dos aeroportos.
Vários aeroportos têm boa quantidade de tomadas e mesmo assim o indicador teve
a 41ª nota mais baixa na média geral (3,6), porque são mal sinalizadas.
A Secretaria modificará,
ainda, a pergunta sobre o custo da alimentação nas lanchonetes e restaurantes.
Vai perguntar sobre o custo, mas também se o passageiro percebe algum
benefício. Este é o indicador que tem as notas mais baixas desde o início da
pesquisa. Neste trimestre, a nota é 2,5, a pior entre todos os indicadores.
CAI SATISFAÇÃO NOS AEROPORTOS
DO RJ
Nesta última rodada, os
passageiros deram notas inferiores a 4 a quatro aeroportos. No 2º trimestre, só
Cuiabá e Salvador tinham notas abaixo de 4. Neste 3º trimestre, os dois
principais aeroportos do Rio de Janeiro tiveram notas mais baixas do que na
rodada anterior. O Galeão caiu de 4,13 para 3,95 de um trimestre para o outro;
o Santos Dumont, de 4,09 para 3,99; Salvador e Cuiabá mantiveram notas abaixo
de 4, o aeroporto baiano com 3,73 e o mato-grossense com 3,35.
A queda da nota do Galeão
coincide com a ampliação das obras no terminal. O aeroporto está se preparando
para receber a maior parte da movimentação de dois milhões de passageiros
esperados para a Olimpíada. No Santos Dumont, coincide com o impacto
meteorológico nos meses de julho, agosto e setembro, que provocou seguidas
vezes o fechamento do aeroporto. O terminal, que abriga uma das quatro pontes
aéreas mais movimentadas do mundo, movimentou 10 milhões de passageiros em
2014.
Dos 48 indicadores medidos no
Galeão, os passageiros deram notas acima de 4 a 29 no 2º trimestre. No 3º, a
23. Entre os indicadores que tiveram notas mais baixas estão “Informação nas
esteiras de restituição de bagagens”, de 4,75 para 3,92; “Painéis de informação
de voo”, de 4,01 para 3,92; e “Conforto na sala de embarque”, de 3,90 para
3,75.
Clique e conheça as notas
dadas a cada um dos 48 indicadores nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont
O salto da nota de Guarulhos
na satisfação geral é fruto da melhoria em 45 dos 48 indicadores da Pesquisa.
Além disso, soma-se os investimentos no terminal 3, com 20 novas pontes de
embarque e capacidade para 12 milhões de passageiros/ano; a ampliação da área
comercial, que agora conta com 239 lojas, livrarias, bares e restaurantes; e a
inauguração do primeiro hotel dentro de um terminal concedido, com oitenta
quartos para uso exclusivo de viajantes em conexão e da tripulação de voos
internacionais. Guarulhos é o maior aeroporto do País. Em 2014, movimentou 40
milhões de passageiros, o 29º maior fluxo do mundo.
Além destes aeroportos,
aparecem empatados, em 4º lugar na satisfação geral do passageiro, os
aeroportos de Natal e Campinas, cada um com 4,36, e em ascensão se comparados
ao 2º trimestre de 2015. A facilidade para realizar conexões em Natal emplacou
nota 5. As salas vip de Campinas e Brasília também receberam nota 5. Além
disso, serviços de check-in foram bem avaliados em todos os terminais: o tempo
de fila no guichê e no autoatendimento, por exemplo, ficaram com médias acima
de 4.
SERVIÇOS
Os itens de tecnologia ainda
são oferecidos em qualidade abaixo das expectativas dos passageiros. A
disponibilidade de tomadas, por exemplo, só é muito boa em Campinas – os demais
14 aeroportos obtiveram nota abaixo de 4. Já a qualidade da internet sem fio
(wi-fi) disponível nos terminais é avaliada como ruim ou muito ruim nos 15
aeroportos pesquisados.
Entre os itens essenciais, a
disponibilidade de sanitários, por exemplo, é considerada muito boa em 11
aeroportos. Há dois anos, apenas seis terminais tinham avaliação acima da nota
4 neste indicador. A limpeza dos banheiros apresentou nota média acima de 4 em
nove aeroportos. Os passageiros também classificaram a limpeza geral do
terminal como muito boa em 14 aeroportos.
Os cinco indicadores que mais
influenciaram os passageiros quando perguntados sobre sua satisfação geral com
os aeroportos no trimestre foram, pela ordem: conforto na sala de embarque,
limpeza geral, conforto acústico, conforto térmico e disponibilidade de sanitários.
Curitiba liderou as notas dos
indicadores conforto térmico e acústico do terminal, com 4,55 e 4,57,
respectivamente. Viracopos e Natal lideraram nos demais. Viracopos em
disponibilidade de sanitários (4,70) e limpeza geral do aeroporto (4,74) e São
Gonçalo do Amarante em conforto na sala de embarque (4,60).
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