A psicóloga potiguar Isadora
Escóssia, que mora em Paris, França, desde 2008 relatou a noite de tensão após
as primeiras informações dos ataques terroristas que mataram pelo menos 128
pessoas e deixaram outras 180 feridas.
A potiguar conta que estava em
casa, em uma localidade chamada 8ème Arrondissement, a 5 km da casa de
espetáculos Bataclan, local do maior ataque, quando começou a receber mensagens
nas redes sociais perguntando onde ela estava e se estava bem.
“Corri para a televisão e foi
aí que tive noção do que estava acontecendo, através dos canis de notícias. Dei
graças a Deus por estar em casa naquele momento, mas me desesperei ao lembrar
que vários amigos meus costumam frequentar alguns dos lugares alvo dos
ataques”, relatou ela.
Isadora conta que pouco mais
de uma hora antes dos ataques tinha conversado com uma amiga de nacionalidade
colombiana que havia lhe relatado que iria a um dos bares atacados pelos
terroristas. “Liguei pra ela e graças a Deus ela me atendeu dizendo que estava
uma grande confusão, mas que havia conseguido escapar”, disse.
O momento de maior tensão foi
quando ela tentou entrar em contato com outro amigo que trabalha como produtor
musical e que naquela noite estava no Bataclan. “Eu sabia que ele estava lá.
Como ele trabalha com produção musical é muito comum ele frequentar o local.
A psicóloga conta que ligou
várias vezes, mas sem sucesso. “Só fiquei aliviada quando ele me retornou
dizendo que estava bem e que tinha conseguido escapar antes do local ser
fechado com os reféns”, contou.
Isadora diz que o amigo, que é
francês está muito abalado e até agora não acredita como conseguiu escapar.
“Ele disse que estava atrás do palco e que conseguiu fugir com outras pessoas e
que passaram várias horas escondidos em um prédio vizinho”, narrou ela.
Mais aliviada, Isadora conta
que a orientação das equipes de segurança e autoridades francesas é para ficar
em casa e evitar lugares com aglomerações. “Está tudo muito tenso aqui, quase
ninguém circulando pelas ruas”, descreveu.
Portal no Ar
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