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Principal suspeita é que o zika vírus tenha causado a
malformação. Foto: Ana Silva
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A Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sesap) revisou o número de crianças nascidas com microcefalia.
Durante entrevista coletiva concedida à imprensa, o secretário de Saúde,
Ricardo Lagreca, informou que 30 crianças nasceram com a deformidade. Esses
nascimentos ocorreram entre agosto e novembro desse ano. A média anual do
Estado era de apenas dois casos por ano.
As autoridades públicas de
Saúde ainda não têm certeza do que tenha causado esse crescimento exponencial.
No entanto, a grande suspeita é que o causador seja o zika vírus. Transmitida
pelo mosquito Aedes Aegypti, a virose teve um surto neste ano no Rio Grande do
Norte. Os principais sintomas são os seguintes: coceira no corpo, manchas
vermelhas e febre baixa.
Segundo Lagreca, a Secretaria
de Saúde vai intensificar as medidas para ter controle e estudo dos casos
notificados. Todos os diagnósticos durante o pré-natal e após o nascimento
deverão ser comunicados imediatamente.
Entretanto, a microcefalia
também pode ser causada por outras razões: uso de drogas, defensivos agrícolas,
problemas genéticos dentre outros. O trabalho de investigação epidemiológica para
saber exatamente quantas mulheres podem ter contraído zika continua. O governo
do Estado ainda está traçando o protocolo para lidar para a doença.
Emergência nacional
Na tarde de ontem, o
Ministério da Saúde decretou Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional por causa do aumento do número de bebês nascidos com microcefalia. O
estado com maior número de casos é Pernambuco, mas também houve crescimento
acima da média no Rio Grande do Norte e Paraíba.
A microcefalia é uma
malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve da maneira espera e o
recém-nascidos têm perímetro cefálico menor que o normal. Por causa disso, o
desenvolvimento das crianças com esse problema é afetado.
Tribuna do Norte
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