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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Após Cunha acolher pedido de impeachment, Bolsa sobe quase 3%

Em um pregão que deve ser marcado pela forte volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em forte alta um dia após o início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Às 10h19, o Ibovespa registra ganhos de 2,82%, aos 46.182 pontos, puxado pelo desempenho das estatais. Já o dólar comercial registra leve queda de 0,13%, cotado a R$ 3,828 na compra e a R$ 3,830 na venda, recuo de 0,13% ante o real.

Na Bolsa, as atenções estão concentradas no início do processo de impeachment que, embora ainda precise ser aprovado pela Câmara dos Deputados, já animam os investidores. “A esperança de um governo mais liberal com a entrada de (Michel) Temer deve animar os mercados”, avaliam os analistas da Yield Capital. O início do processo de impedimento foi anunciado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após o fechamento dos mercados. 

As ações preferenciais (PNs) da Petrobras operam em alta de 638%, cotadas a R$ 8, e as ordinárias (ONs, sem direito a voto) sobem 5,59%, a R$ 10. Na quarta-feira à noite, os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) da estatal negociados na Bolsa de Nova York já haviam registrado forte alta após o anúncio de Cunha.

Também operam em alta os papéis do setor bancário, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco avançam, respectivamente, 4,61% e 4,43%. No Banco do Brasil, a alta é de 5,42%.

Os investidores repercutem ainda a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que indica que o Banco Central (BC) pode elevar ainda mais os juros para conter a inflação. Atualmente a Selic está em 14,25% ao ano.

TEMOR DE REBAIXAMENTO
Já no mercado de câmbio, além do processo de impedimento da presidente, pesa a aprovação da meta fiscal de 2015, o que vai impedir novos cortes no Orçamento, que poderiam paralisar ainda mais o governo.

— O que mais está fazendo preço no dólar é a revisão da meta. Se o governo não conseguisse aprovar isso, o cenário de um novo rebaixamento ganharia mais força. Mas o processo de impeachment também ajuda, uma vez que desde as eleições os investidores reagem de forma positiva à possibilidade de uma mudança de governo — afirmou Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

Entre analistas, o maior temor em relação ao cenário político e interno é a possibilidade de perda do grau de investimento por mais uma agência de classificação de risco. Na Standard & Poor’s o Brasil não possui mais o selo de bom pagador. Na Moody’s e na Fitch o país está apenas uma nota acima do nível especulativo.

“Uma boa dose de aversão ao risco é esperada nos mercados financeiros domésticos em um primeiro momento, obviamente trazendo pressão sobre a cotação do dólar por aqui”, afirmou, em relatório a clientes, Ricardo Gomes da Silva Filho, analista da Correparti Corretora de Câmbio.

Ainda em relação ao dólar, os investidores também estão de olho nas discussões da volta da CPMF. Esses recursos seriam necessários para melhorar as contas públicas de 2016.

Ao contrário do movimento interno, o dólar ganha força em escala global. O “dollar index” da Bloomberg, que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de dez moedas, registra alta de 0,40%.

O Globo

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