Em meio à maior crise política
que vive no governo desde que assumiu o Palácio do Planalto, em 2011, a
presidente Dilma Rousseff comemora nesta segunda-feira (14) 68 anos de idade
(relembre a trajetória política dela). Filha de um imigrante búlgaro e uma
brasileira, a petista nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte (MG).
O aniversário de Dilma ocorre
durante um processo de impeachment aberto pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal
(STF) pode definir rito do impeachment.
Além disso, desde a semana
passada, Dilma viu sua relação com o vice Michel Temer se desgastar em razão de
uma carta na qual ele diz que ela não confia nele. O resultado dessa mensagem
foi uma declaração, por parte dos dois, de que, de agora em diante, a relação
entre eles será "institucional".
Conforme a agenda oficial,
divulgada pela Secretaria de Imprensa, a presidente receberá prefeitos em seu
gabinete, no Palácio do Planalto. Procurada pelo G1, a secretaria não confirmou
o tema do encontro.
Desde a semana passada,
contudo, a presidente tem recebido grupos contrários ao impeachment dela.
Dilma já se encontrou com
juristas que dizem não haver base jurídica para o processo aberto por Cunha e
governadores, que chegaram a lançar o "Movimento pela Legalidade",
também por não concordarem com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados.
Também na última semana,
artistas e reitores de 41 instituições federais manifestaram apoio
à presidente e se posicionaram
contra a decisão de Cunha.
Assim que o processo de
impeachment foi iniciado na Câmara, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner,
conversou com jornalistas e citou algumas das estratégias que serão adotadas
pela presidente Dilma com o objetivo de derrubar o impeachment, como encontros
com lideranças políticas e a busca de apoio das bases sociais.
Ao longo dos próximos dias, o
processo de impeachment deverá ter novos desdobramentos. Está marcada para o
próximo dia 16 sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar pedido
movido pelo PC do B contra o rito definido por Eduardo Cunha.
Entre os pontos questionados
pela legenda, está a aprovação, em votação secreta, de uma chapa avulsa,
composta por deputados da oposição e dissidentes da base, para formar a
comissão especial destinada a analisar o processo de impeachment.
Após o PC do B mover ação no
STF, o ministro Luiz Edson Fachin determinou a suspensão do andamento do
processo na Câmara. Em razão da decisão dele, o plenário do Supremo se reunirá
nesta quarta para debater o rito estabelecido por Eduardo Cunha. Fachin já
chegou a declarar que vai apresentar uma proposta de como deve se dar o
processo.
G1
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