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Corregedor estabeleceu prazo
de 90 dias para conclusão do processo administrativo disciplinar (Foto: Sérgio
Almeida - Ascom/CNMP)
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O Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) vai apurar a conduta do do servidor Guilherme
Wanderley Lopes da Silva, do Ministério Público do Rio Grande do Norte, que na
sexta-feira (24) atirou contra o procurador-geral de Justiça adjunto, Jovino
Sobrinho, e contra o promotor Wendell Beetoven. O corregedor nacional do MM,
Cláudio Portela, comunicou ao Plenário do Conselho que instaurou processo
administrativo disciplinar nesta terça-feira.
Os disparos efetuados por
Guilherme tinham como alvo o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, o
procurador-geral adjunto de Justiça, Jovino Pereira, e o promotor de Justiça
Wendell Beetoven Ribeiro Agra, tendo atingido os dois últimos. O servidor se
apresentou à polícia no sábado (25) e ficou preso por força de mandado de
prisão.
De acordo com o corregedor
nacional do MP, Cláudio Portela, as circunstâncias narradas indicam a prática
das faltas disciplinares previstas nos incisos V, VI e VI do artigo 143 da Lei
Complementar Estadual nº 122/1994, pelo técnico ministerial, sujeitando-o à
sanção disciplinar de demissão.
Instaurado o processo, este
deverá ser distribuído a um conselheiro relator, para a citação do servidor e a
condução do processo administrativo disciplinar, ficando estabelecido o prazo
de 90 dias para a sua conclusão.
Por fim, o corregedor propôs,
em atenção às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação
Direta de Inconstitucionalidade 5125 e no Mandado de Segurança 34675, que o
servidor seja notificado pessoalmente da decisão da instauração do PAD. O
objetivo é possibilitar a apresentação de manifestações e a sustentação oral na
próxima sessão ordinária do CNMP, marcada para o dia 24 de abril.
Manifestações de conselheiros
O conselheiro Walter Agra
destacou que o fato ocorrido no MPRN foi grave. Ele complementou que o Poder
Judiciário e os órgãos de controle têm de dar resposta rápida para se punir o
quanto antes conduta desta natureza. “As instituições devem ser protegidas e
respeitadas. Permitir ataques desse tipo beira as raias do terrorismo
democrático”.
O conselheiro e decano do
CNMP, Antônio Duarte, pediu a palavra. Ele salientou que o Plenário presta
solidariedade aos membros do MP/RN e apoio às famílias.
Defesa quer aplicação da lei
Em entrevista ao G1, na manhã
desta terça-feira (28), o advogado Jonas Antunes que está fazendo a defesa de
Guilherme em conjunto com o advogado José Maria Rodrigues, declarou que 'a lei
deve ser aplicada'.
No entanto, ele ressaltou que:
“a defesa será exercitada com parcimônia e responsabilidade e, por este motivo,
entendemos que o Guilherme precisa passar por uma avaliação do especialista.
Somente depois de um parecer médico, que ateste se ele sofre ou não de algum
distúrbio mental, é que poderemos avaliar como nortearemos o nosso
trabalho".
G1RN
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