O polêmico projeto que a
Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, liberando a terceirização, ainda
causa furor com repercussão no meio social, onde se opõem argumentos sobre o
fortalecimento e o enfraquecimento das relações de trabalho.
Como de costume, nas redes
sociais, usuários criticam e elogiam os parlamentares que votaram na proposta.
Fomos atrás dos argumentos de cada um dos oito deputados federais do Rio Grande
do Norte para saber o que cada um diz sobre o texto.
Antonio Jácome
ABSTENÇÃO
O deputado Antonio Jácome
preferiu se abster e não votar a polêmica matéria. Ele declarou que “O PL
votado ontem é complexo e polêmico, por isso, tramitava há 17 anos no ongresso.
Eu concordo com muitos pontos, mMas sou contra a terceirização para atividade-fim.
Por isso me abstive.
Beto Rosado
AUSENTE/CONTRA
Ausente da votação, Beto
emitiu nota esclarecendo que está em licença para acompanha o pai, que está em
tratamento de saúde em São Paulo. Ele considerou o seguinte:
“O Projeto aprovado ontem é
diferente do que votei favorável em 2015 (PL 4330/04). Sou a favor da
regulamentação das terceirizações no setor privado, resguardando os direitos
dos trabalhadores das empresas terceirizadas, o que garantia o projeto aprovado
naquele ano.
A proposta aprovada ontem,
datada de 1998, prevê as terceirizações irrestritas, para o setor público e
privado, sem resguardar os direitos trabalhistas dos funcionários das empresas
terceirizadas. Por isso, sou contra”.
Fábio Faria
A FAVOR.
Não retornou a demanda a
reportagem.
Felipe Maia
A FAVOR
Dá segurança jurídica aos mais
de R$ 13 milhões de terceirizados. Estamos num país com mais de 11 milhões de
desempregados e existe a errônea ideia de que a terceirização vai gerar
desemprego. Não vai. A terceirização diminui desencargos para o empragador,
permitindo mais contratações.
Rafael Motta
CONTRA
“A terceirização é um risco.
Gera rotatividade e não há estabilidade. A terceirização da atividade-fim tem
que ser bem discutida para estebelecermos quais serão as garantias para os
trabalhadores. A terceirização da atividade-fim é mero aluguel de mão de obra e
trabalho não é uma mercadoria”
Rogério Marinho
A FAVOR
“Desde 1901, o Brasil não
passava por uma crise desse naipe. Terceirizar é um verbo que existe no Brasil,
não existe paralelo no mundo. Esse modelo de verticalização da indústria está
ultrapassado, foi vencido pela modernidade. Nenhuma empresa moderna não
terceiriza sua produção. Dizer que milhões devem permanecer num limbo, sem
segurança jurídica, é um retrocesso”.
Walter Alves
CONTRA
Membro do PMDB, Walter foi
mais um da base governista que não se filiou à orientação governista. Confiram
o que ele disse: “Votei contra o projeto por não concordar com a proposta,
presente no PL 4302/98, de terceirização nas atividades-fim das empresas.”
Zenaide Maia
CONTRA
“Votei contra porque acho que
esse o Projeto de Lei que libera a terceirização é uma precarização dos
serviços públicos e privados. É um início para reforma trabalhista. Não
acredito que vai aumentar a geração de empregos. É como se tivesse rasgado a
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Só tiveram olhar para as empresas”.
Portal no Ar
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