Blog do César Santos
A situação da saúde pública do
Rio Grande do Norte é “quase inadministrável.” O diagnóstico assustador é feito
pelo próprio secretário estadual de Saúde, George Antunes, em momento delicado
e que beira o desespero.
A radiografia é aterradora: a
Sesap/RN tem dívidas que superam os R$ 50 milhões, déficit de quase dois mil
trabalhadores e déficit mensal de R$ 10 milhões.
Em entrevista ao jornalista
Ricardo Araújo, da Tribuna do Norte, George Antunes revelou que a situação vai
piorar ainda mais, justificando no desequilíbrio financeiro que afeta a pasta.
Segundo ele, dos R$ 240 milhões necessários para o custeio da Sesap/RN no
exercício 2017, a Secretaria do Planejamento e Finanças estima transferir R$
165 milhões.
E não há sinais de que a
Seplan abrirá o cofre ou se o cofre tem recursos para tirar a saúde pública da
UTI. “As vezes que eu procuro (o titular da Seplan, Gustavo Nogueira) é para
ouvir lamentos”, reclamou, desesperançoso.
Mas não é só isso.
A Sesap/RN sofre uma avalanche
de cobranças judiciais para abrir 157 novos leitos de UTI até o final de 2018,
para atenuar o déficit nos hospitais públicos na capital e no interior. A pasta
não tem um centavo para investimento, logo as demandas vão bloquear a conta do
Estado, comprometendo ainda mais a saúde financeira da área.
Os problemas refletem
diretamente na saúde da população. São hospitais precários, desabastecimento,
deficiência no corpo clínico. Por consequência, as pessoas carentes que
sobrevivem dos serviços públicos estão na fila de espera para o atendimento.
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