
No trimestre de dezembro a
fevereiro, o Brasil tinha 13,5 milhões de desempregados - crescimento de 11,7%
(1,4 milhão de pessoas a mais) frente ao trimestre encerrado em novembro de
2016 e 30,6% (mais 3,2 milhões de pessoas em busca de trabalho) em relação a
igual trimestre de 2016. Esse número é recorde da série histórica.
“Essa taxa poderia ser ainda
maior se não tivesse o mês de dezembro incluído neste trimestre. É um mês que
tem característica de menor taxa de desocupação”, afirmou o Cimar Azeredo,
coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Já a população ocupada também
bateu recorde - é o menor da série histórica. No trimestre encerrado em
fevereiro, eram 89,3 milhões de pessoas no mercado de trabalho. O recuo se deu
tanto em relação ao trimestre terminado em novembro de 2016 (-1%, ou 864 mil a
menos) como ao mesmo trimestre do ano passado (-2%, ou 1,8 milhão a menos).
Desse total, 33,7 milhões de
pessoas que estavam empregadas no setor privado tinham carteira de trabalho
assinada. Esse número recuou tanto frente ao trimestre de setembro a novembro
de 2016 (-1,0% ou 337 mil pessoas) quanto ao mesmo trimestre de 2016 (-3,3%, ou
1,1 milhão de pessoas).
Os empregados no setor privado
sem carteira de trabalho assinada (10,3 milhões de pessoas) ficou estável em
relação ao trimestre anterior e cresceu 5,5% (ou mais 531 mil pessoas) em
relação ao mesmo trimestre de 2016.
O número de trabalhadores por
conta própria (22,2 milhões de pessoas) ficou estável na comparação com o
trimestre anterior e recuou (-4,8%, ou 1,1 mil pessoas a menos) em relação ao
mesmo trimestre de 2016.
Já a categoria dos
trabalhadores domésticos, estimada em 6,0 milhões de pessoas, se manteve
estável em ambos os trimestres comparativos, segundo o IBGE.
O desemprego aumentou, mas o
rendimento médio dos trabalhadores se manteve estável tanto em relação ao
trimestre anterior quanto ao mesmo de 2016, ficando em R$ 2.068.
Caged
De acordo com os últimos dados
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em fevereiro as
contratações superaram as demissões em 35.612 vagas. Foi a primeira vez em 22
meses que o país registrou abertura de postos de trabalho. A criação das vagas
de emprego é resultado de 1.250.831 admissões e de 1.215.219 demissões em
fevereiro. No acumulado do primeiro bimestre de 2017, porém, o país registra
fechamento de 5.475 postos de trabalho.
G1
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