
A queda das notificações - registro feito pela rede de saúde quando o paciente apresenta quadro suspeito para a doença - também foi sentida para zika (-22,7%) e chikungunya (-41%). O número acabou refletindo também no número de casos confirmados e de mortes provocadas por essas doenças.
Para a Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, o motivo não é exatamente que menos pessoas tenham adoecido, mas, a pandemia do novo coronavírus pode ter implicado no menor número de notificações por parte das unidades de saúde.
Em 2020, foram notificados 10.181 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 2.425. Em 2019, no mesmo período, foram notificados 30.450 casos, sendo confirmados 8.587. Enquanto as notificações caíram 65%, o número confirmado de casos caiu 71%. Ao todo, foram confirmados 5 óbitos por dengue em 2020. No mesmo período de 2019 as confirmações de óbito eram 15.
Em 2020 da semana epidemiológica 01 a 30 foram notificados 5.871 casos suspeitos de Chikungunya, sendo confirmados 1.888, e com 1 óbito confirmado. Em 2019, no mesmo período, foram notificados 10.063 casos, sendo confirmados 4.292 e com 15 óbitos confirmados pela doença.
Até o último dia 19, com um total de 984 casos suspeitos de Zika, o estado confirmou 50. Em 2019, no mesmo período, foram notificados 1.274 casos, sendo confirmados 66 casos.
"O cenário epidemiológico causado pela pandemia da Covid-19 provavelmente implicou no menor número de notificações. Nesse contexto, a população e os profissionais de saúde devem estar atentos aos seguintes sintomas: febre alta (39º a 40ºC) de início abrupto e com duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, perda ou diminuição da força física, dor muscular, dor nas articulações, e dor ao redor dos olhos. Manchas vermelhas no rosto, tronco e membros além de anorexia, náuseas, vômitos e diarreia", afirmou a secretaria.
Até o início deste mês de agosto, segundo a pasta, foram realizadas operações com carro-fumacê em 23 municípios, incluindo a capital, Natal, nos bairros do Planalto, Pitimbu, Neópolis e Pajuçara. Ainda de acordo com o estado, devido à pandemia, com a suspensão temporária do Levantamento Rápido de Índices (LIRAa e LIA) - que mede o índice de infestação vetorial do Aedes aegypti - a indicação para aplicação do fumacê foi baseada no aumento da incidência dos casos humanos e na confirmação laboratorial de sorologias para dengue, zika e chikungunya, ou seja, onde existe alto índice de pessoas doentes ou suspeitas e confirmação de transmissão das arboviroses urbanas.
G1RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente