Para o governo da China, a venda do TikTok para investidores dos EUA não está em questão, mesmo sob o risco iminente do banimento da rede social no país. É o que disseram analistas e especialistas jurídicos à uma colunista da CNN.
A audiência com CEO do TikTok,
Shou Zi Chew, acontece na tarde desta quinta-feira (23). Executivo depõe ao
Comitê de Energia e Comércio da Câmara para evitar proibição da rede social no
país.
Segundo o governo chinês, a tecnologia da rede social é “sensível”. Por isso, vem tomando medidas, desde 2020, para vetar qualquer venda feita pela ByteDance, empresa dona do TikTok. Tanto que o Ministério do Comércio da China reforçou, nesta quinta, que venda ou desinvestimento da rede social só rolaria com aprovação do governo.
O governo Biden exigiu que os
proprietários chineses do TikTok vendessem suas participações, citando preocupações
de segurança nacional de que Pequim pudesse acessar os dados dos usuários dos
EUA e influenciar o conteúdo que os americanos consomem.
Já para o CEO da rede social,
alienar a empresa de seus proprietários chineses não oferece mais proteção do
que um plano multibilionário, já oferecido pelo TikTok, para proteger dados de
usuários dos EUA.
Pequim tem sinalizado cada vez
mais seu desejo de proteger a tecnologia chinesa. Recentemente, propôs alterar
um regulamento que restringe exportação de algoritmos de recomendação de
conteúdo criados na China, uma espécie de “molho secreto” do sucesso global do
TikTok. Para advogados, isso é um lembrete de que Pequim tem uma mão a
desempenhar em qualquer negócio.
Em 2020, quando o governo de
Donald Trump pressionava pela venda das operações da TikTok nos EUA, a China
adicionou algoritmos a uma lista de controle de exportação. Quaisquer acordos
que envolvessem transferência de tais tecnologias desenvolvidas na China para
terceiros fora do país passaram a necessitar de aprovação do governo.
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