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sábado, 11 de dezembro de 2010

HENRIQUE ABRE O VERBO E MOSTRA INSATISFAÇÃO COM ESPAÇOS DO PMDB NO GOVERNO


Deu na revista VEJA


O deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) está frustrado. Nas últimas semanas, o líder do PMDB na Câmara lutou com afinco para assumir a presidência da Casa no primeiro biênio do governo de Dilma Rousseff. A cadeira, no entanto, deve ficar com o PT, dono da maior bancada. É por isso que, ao falar desse assunto, o deputado oscila entre o inconformismo (“o PT precisa me convencer de que merece o primeiro biênio”) e a resignação (“já acato aqui, antecipadamente”).

Alves também se mostra insatisfeito com o quinhão de ministérios que coube aos peemedebistas no governo Dilma. “O PMDB perdeu substância”, diz ele, numa comparação com o espaço que o partido tinha durante o governo Lula. O deputado sugere, no entanto, que há outros caminhos para o partido exercer sua influência: "O PMDB não precisa disputar espaço no governo, nós somos o governo, o governo é nosso".

No mesmo dia em que Dilma oficializou os nomes dos peemedebistas que terão lugar garantido à frente de seu ministério, o deputado conversou com exclusividade com o site de VEJA.


Confira alguns trechos da entrevista:


A decisão de que o PT ficaria com o primeiro biênio foi tranquila? O PT vai escolher o candidato e sentaremos com ele para definir quem vai ficar com o primeiro biênio e quem vai ficar com o segundo biênio. O PT precisa me convencer de que merece o primeiro biênio, mas também terei que acatar uma prerrogativa que está a favor deles, que é a questão da maior bancada. Se não há um critério, tem que ter o desempate. Não vou criar dificuldades. Mas eu tenho pressa, pois o importante não é ser um candidato do PT ou do PMDB, mas sim um nome que represente a instituição e possa representar uma costura política e parlamentar para ser o candidato da Casa, um candidato que fale por todos – partidos pequenos, médios e grandes.


A entrega do primeiro biênio ao PT é tida como sacramentada. O senhor está dizendo que não é bem assim? Há uma disputa. Existe um grupo do PT, ligado ao deputado federal Cândido Vaccarezza (SP), que gostaria que o partido assumisse o primeiro biênio, já em 2011, mas há um outro grupo que acha melhor depois. Mas isso é uma decisão do PT. Meu papel é acatar a decisão sem criar dificuldades, porque eles têm a maior bancada. Já acato aqui, antecipadamente.


O senhor chegou a dizer nas últimas semanas que não abriria mão de sua candidatura. Conformou-se em não disputar? Estou aqui há dez mandatos. É como se eu tivesse nascido aqui e vivido toda a minha vida política dentro desta Casa. Queria muito presidir a Câmara nesses dois primeiros anos, porque eu acho que a Casa tem duas obrigações urgentes – a reforma política e a reforma tributária. Queria poder realizar essa demanda, por isso insisti na minha candidatura. São dois desafios que me atraem muito, mas acho que essa frustração eu terei que absorver.

Em novembro, o senhor capitaneou um movimento para formar um superbloco na Câmara, com PMDB, PTB, PSC, PR e PTB, que surpreendeu o PT. Qual era o objetivo da coalizão e por que ela se desfez? Naquela terça-feira, quando cheguei à liderança do PMDB na Câmara, estavam lá o deputado Sandro Mabel (PR-GO), Hugo Leal (PSC-RJ) e Jovair Arantes (PTB-GO). Todos em clima de guerra. A imprensa estava noticiando que o PMDB queria Henrique Meirelles para o Ministério dos Transportes e Moreira Franco para o Ministério das Cidades, ou seja, como se a gente estivesse avançando sobre o espaço dos aliados. A partir daí, fizemos um pacto: ninguém avança sobre o espaço de ninguém. O PMDB não reivindica Cidades e Transportes e os outros partidos não reivindicam nada que já é do PMDB. Essa foi a motivação. Quero dizer, aliás, que se não há coalizão formal, existe um bloco, na medida em que combinamos votos e nos respeitamos.

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