O cientista Cláudio
Emerenciano avaliou, em entrevista ao portalnoar.com, nesta quinta-feira (3),
que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deflagrado na
Câmara dos Deputados, é imprevisível. “Existem várias possibilidades para o
final dessa questão. É impossível prever como vai terminar”, avaliou.
O cientista político ponderou
que, apesar de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), ter
acatado o pedido de impeachment apresentado pelo fundador do PT Hélio Bicudo, o
início real do processo só ocorrerá se a Casa for favorável à denúncia e enviar
o julgamento para o Senado, o que culminaria com o afastamento da petista por
180 dias.
Emerenciano salientou que o
processo é jurídico-político. Sobre a principal base de sustentação do pedido,
ele destacou que o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou
crime de responsabilidade da gestora, em relação às contas de 2014, não é
suficiente para sustentar o Impeachment. “O TCU é um órgão auxiliar do
legislativo, que precisa ainda decidir se acata ou não o parecer”, frisou.
O cientista político lembrou
ainda que, caso a presidente Dilma sinta que não tenha condições políticas de enfrentar
o processo, a renúncia poderá ser o caminho mais breve para acabar com a crise
política que ele causa.
“O Impeachment é um processo
traumático, doloroso para o País. Nos EUA, Nixon renunciou para não enfrentar.
No Brasil, Collor seguiu o mesmo caminho. Não sei o que vai ocorrer em relação
a Dilma”, finalizou.
Impeachment na Câmara
Líderes partidários e o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fecharam hoje (3) um acordo para
que todas as legendas representadas na Casa indiquem, até as 14h da próxima
segunda-feira (7), os nomes de deputados que integrarão a comissão especial que
vai analisar o processo deimpeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A intenção é instalar o
colegiado em uma sessão extraordinária marcada para as 18h. A comissão especial
deve se reunir imediatamente depois para escolher, em votação secreta, o
presidente e o relator do caso.
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