Com a análise do processo de
abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos
Deputados, a petista segue o mesmo roteiro do ex-presidente Fernando Collor de
Melo, que foi afastado do cargo em 1992 e renunciou ao cargo antes da votação
no Senado.
A capa do jornal Folha de S.
Paulo, de 1992, quando a Câmara estava prestes a votar a aceitação do pedido de
impeachment de Collor, mostra que o ex-presidente utilizou a tática de lotear a
estrutura de governo para tentar convencer deputados a votarem contra seu
afastamento. Não funcionou.
Dilma Rousseff, após a saída
do PMDB do governo, entra no mesmo roteiro que Collor seguiu no passado.
Começou, no Planalto, o vale tudo em busca dos 172 votos necessários para
impedir a continuidade do processo na Câmara dos Deputados. Os cargos de
primeiro, segundo e terceiro escalão estão na mesa, em cima do balcão de
negócios.
Com Collor, não deu certo.
Dilma tenta ter um desfecho diferente. Os pontos divergentes entre os dois são
a popularidade, tendo em vista que as pesquisas mostram uma avaliação pior da
petista do que a do ex-presidente na época, e o apoio de movimentos
organizados, quesito no qual Dilma leva vantagem, por ter o apoio de sindicatos
e entidades estudantis.
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