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quinta-feira, 2 de março de 2023

Após reoneração, aumento do litro da gasolina no RN é estimado em R$ 0,40

Fator complexo e que envolve diversas questões, o preço dos combustíveis tem sido pauta frequente no cenário econômico nacional e também estadual. Após nove meses de desoneração, os impostos federais sobre os combustíveis voltaram, a partir de 1º de março, a figurar na composição do preço de etanol e gasolina. E a estimativa é de que o litro da gasolina suba pelo menos R$ 0,40, de acordo com alguns revendedores de combustíveis da capital potiguar, mesmo após anúncio da Petrobras que anunciou queda nos preços de venda de gasolina e diesel nas distribuidoras. O etanol deve sofrer pouca alteração. Especialistas, no entanto, mostram pontos de vista divergentes em relação à decisão do governo Lula.

 

À reportagem, alguns revendedores de combustível no estado não projetaram um valor final dos combustíveis. Um deles, no entanto, preferiu uma conta básica, afirmando que acredita em um aumento de pelo menos R$ 0,40 no litro da gasolina. “Essa conta é difícil de fazer no momento, porque cada distribuidora tem sua planilha de custos dependendo do que ela compra da Petrobras, se compra de outras refinarias, é aí que elas fazem essa precificação. E também elas praticam preços diferentes para os postos. A grosso modo, uma conta de padeiro, é pegar estes R$ 0,49 que o governo acrescentou e diminuir uns R$ 0,10 que a Petrobras baixaria, e daria a grosso modo R$ 0,40. Mas a gente não pode dizer que vai ser esse valor”, disse um revendedor, que afirmou acreditar que o valor pode ser ainda maior do que os 40 centavos calculados de forma preliminar.

Para o economista Robespierre Do Ó, é possível concordar e discordar do aumento, a partir do ponto de vista que se analise. “Dependendo do referencial, você vai concordar e discordar. O governo federal tem um déficit público e que precisa cumprir esse déficit público, por isso a volta dos impostos federais. Se você olhar pelo lado do consumidor, ele não vê a necessidade, vai gerar inflação para ele. Você tem dois blocos para olhar”, explicou.

 

Outro economista consultado pela reportagem, Janduir Nóbrega afirmou que os argumentos do governo não convencem. “Não havia necessidade disso. Porque quando você olha os dois parâmetros do mercado, você tem o setor privado e o setor público. A norma do setor privado é você fazer mais, por menos. Quanto mais você apresentar resultados com custos menos elevados,maior será o seu resultado. No setor público a gente vê muito claramente, que há uma disparidade muito grande com relação a isso. Lá, quanto mais você tem, menos você faz”, defendeu.

 

Robespierre, olhando pelo lado do governo, defendeu que esta é uma forma de aumentar a arrecadação, mas que ela também poderia ser feita de outra forma. “Quando você olha para o governo, houve a necessidade de aumentar a arrecadação de forma a cobrir seu déficit. Mas ele pode fazer isso de outras formas. Pode aumentar a arrecadação dele, via patrimônio, aumentando as alíquotas daqueles que ganham dinheiro realmente no País e que não pagam impostos. Há dois lados dentro dessa moeda”, apontou.

 

Algo que é um ponto em comum entre os dois é que quem vai pagar a conta será a população. “O que a gente concorda? Que provavelmente vai trazer aumento de custos para o consumidor. Só que quem é esse consumidor? É a classe média, que anda de carro para cima e para baixo. Você olha dentro do carro e só tem uma pessoa em cada veículo. São pessoas que têm condição de assumir essa despesa”, disse Do Ó.

 

Para Janduir Nóbrega, o momento era de entender a situação da economia nacional e os rumos iniciais do governo. “É um momento de ajustar as coisas, trabalhar do jeito que estava, deixar a poeira sentar verdadeiramente. Entender para que lado os caminhos vão levar, como vai ficar o setor produtivo, como vai ficar a geração de emprego, como vai ficar o poder de compra do trabalhador. E aí sim você parte para aumentar a arrecadação”, recomendou.

 

Nóbrega, no entanto, deixa claro que se o recurso arrecadado com os impostos fossem usados de forma eficiente, não haveria problemas. “Cada vez que você aumenta tributos, você aumenta a arrecadação em cima de quem paga, ou seja, do consumidor de maneira geral. Seja ele, através do consumo ou da renda. Se esse recurso é utilizado de forma eficiente para fazer as coisas efetivamente melhorarem, tudo bem. Tá tudo certo. O problema é que a gente às vezes não consegue enxergar essa coisa de eficiência no processo. É mais dinheiro entrando dentro do caixa e menos resultados aparecendo no dia a dia. Essa é só o preâmbulo do que a gente entende. Em se tratando de governo, a ideia é sempre de buscar, arrecadar mais, para poder, no discurso, fazer mais. Mas a gente não vê isso acontecendo”, finalizou.


AgoraRN

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