O Rio Grande do Norte já
registra, em 2015, 140 suspeitas de microcefalia. Os números foram informados
na tarde desta quarta-feira (16), em entrevista coletiva concedida pela técnica
do Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde, Suely Lopes.
De acordo com a técnica,
desses casos, quatro são em gestantes. Dos 136 recém-nascidos com suspeita de
portar a doença, quatro tiveram o diagnóstico negativo. Os demais permanecem em
investigação.
As cidades de Natal, Mossoró e
Parnamirim registraram o maior número de casos. Em Natal, são 49 suspeitas da
doença, que corresponde a 36% dos casos. Mossoró vem em segundo lugar, com 12
investigações em curso, o que representa 8,8% do total. Parnamirim tem 11
registros, 8,1% dos casos.
O coordenador de Ações em
Saúde do Estado, João Bosco Filho, informou que o governo elaborou um protocolo
de diagnóstico e tratamento dos casos, para identificar e tratar os portadores
da patologia.
Ele explicou que o trabalho
começará durante o pré-natal, com os exames realizados. Os médicos e
enfermeiros farão avaliações. Na identificação dos sintomas, as mulheres serão
encaminhadas para tratamento específico.
“Todo o protocolo foi passado
para todas as unidades de Saúde e também estará disponível na página da
Secretaria. Com isso, o Estado está preparado para diagnosticar e tratar essa
doença”, afirmou João Bosco Filho.
Diagnóstico antecipado
O diagnóstico é muitas vezes
feito na gravidez durante o pré-natal, porque a circunferência da cabeça é uma
medida padrão, quando o crescimento fetal é monitorado com ultrassonografia.
Segundo a OMS, microcefalia é
definida como uma circunferência da cabeça igual a ou menor do que dois desvios
padrão abaixo da média (? -2 DP) para a idade e sexo ou cerca de menos do que o
segundo percentil.
Recomendações para as mulheres
grávidas
Como medida de precaução,
enquanto se aguardam os resultados das investigações em curso, o Ministério da
Saúde do Brasil enfatiza a importância de recomendações que as mulheres
grávidas durante o pré-natal devem evitar o consumo de álcool, drogas,
medicamentos sem receita médica e contato com pessoas que apresentem febre ou
infecção.
Além disso, foram emitidas
recomendações específicas sobre proteção contra picadas de mosquito, como
manter portas e janelas fechadas ou com telas, vestindo calças e camisas de mangas
compridas e usar repelentes autorizados durante a gravidez.
Ao sentir qualquer sintoma que
possa ser associado ao zica vírus, procurar imediatamente um médico.
Portal no Ar
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